domingo, 2 de setembro de 2007

Nacional vs. Benfica, 0-3


1ª vitória no campeonato na estreia do "novo" estádio

E o Benfica voltou a ganhar, desta vez para o campeonato, e logo na "Choupana", terreno conhecido pelas dificuldades atmosféricas que causa aos jogadores que não estão habituados àquele clima. No entanto, o Nacional que vimos não foi aquele que normalmente em casa cria problemas às equipas visitantes, os três grandes incluídos, se calhar por ter mudado de nome o seu estádio, já que este se chamava Estádio Engenheiro Rui Alves (o saudoso presidente do Nacional, que é tão modesto que até tem o estádio do seu clube com o seu nome...), e agora é o Estádio da Madeira.
Quanto ao jogo propriamente dito, podemos dizer que não foi propriamente um grande jogo. A melhor equipa de sempre do Nacional da Madeira (segundo disse o seu presidente há uns dias) começou o jogo a tentar controlar o resultado e tentar marcar em contra-ataque, tal como fazem a maioria das equipas em Portugal, mas aquele erro de Diego Benaglio veio ditar o nervosismo e o fim de serenidade e tranquilidade para o lado dos madeirenses. Se o jogo à partida já era complicado para a turma de Jokanovic, cometer um erro tão cedo no jogo (logo aos 18 minutos, do qual resultou o golo de Cardozo, depois de Diego Benaglio ter rematado mal a bola na marcação dum pontapé de baliza) veio sentenciar o encontro. E não sofreram mais golos porque não calhou. Até ao intervalo ainda conseguiram manter o jogo mais ou menos equilibrado, mas na segunda-parte, foi um jogo de sentido único.
Do lado do Nacional, apenas três jogadas de destaque: aos 32 minutos, Fellype Gabriel rematou para defesa apertada de Quim, após um mau alívio de Petit; aos 33 minutos, cruzamento de Patacas para remate fraco de Fellype Gabriel; aos 62 minutos, mais um cruzamento de Patacas para remate por cima de Juliano. Dada a disposição táctica (4-4-2 com meio campo em losango), deu para entender que o treinador sérvio preferiu segurar o jogo pelo meio do relvado, em detrimento das alas, deixando-as a cargo dos defesas Patacas e Alonso, o que é manifestamente pouco, já que o Benfica tinha Maximiliano Pereira e Di María nas suas alas, e, se um passa o seu respectivo defesa, não tem mais nenhuma oposição, dado o pouco apoio às alas.
Quanto ao Benfica, foi mais rematador (18, contra 7 do Nacional) e muitos deles até foram perigosos, tendo até os novos reforços, Maximiliano Pereira (78 minutos para defesa apertada de Benaglio) e Cristian Rodríguez (aos 90+3 minutos, remate por cima) feito remates de relevo.
Portanto, vitória justa do Benfica, já que o Nacional foi pouco perigoso na primeira-parte, e foi inoperante na segunda-parte, tendo também revelado falta de entendimento entre os jogadores e, como já disse, falta de serenidade.

Nacional
Equipa titular
1-Diego Benaglio
2-Patacas (cap.)
44-Ricardo Fernandes
4-Ávalos
5-Alonso
6-Cléber
8-Bruno Amaro
10-Juliano
7-Fellype Gabriel
11-Edu Sales
31-Lipatin

Suplentes
12-Bracalli
3-Cardozo
28-João Coimbra
23-Juninho
22-José Vítor
21-Pateiro
18-Cássio

Substituições
Intervalo-Entrou José Vítor, saiu Bruno Amaro
Intervalo-Entrou Cássio, saiu Edu Sales
74'-Entrou Pateiro, saiu Lipatin

Benfica
Equipa titular
12-Quim
2-Luís Filipe
28-Miguel Vítor
8-Katsouranis
5-Léo
6-Petit
10-Rui Costa
14-Maximiliano Pereira
20-Di María
21-Nuno Gomes
7-Cardozo

Suplentes
24-Butt
3-Edcarlos
11-Miguelito
32-Romeu Ribeiro
25-Nuno Assis
26-Cristian Rodríguez
19-Bergessio

Substituições
64'-Entrou Cristian Rodriguéz, saiu Nuno Gomes (passando Petit a capitão)
84'-Entrou Romeu Ribeiro, saiu Di María

Disciplina
24'-Cléber (A)
59'-Miguel Vítor (A)
62'-Katsouranis (A)
76'-Diego Benaglio (A)
90+2'-Romeu Ribeiro (A)

Golos
0-1, Cardozo (18')
0-2, Rui Costa (69')
0-3, Cardozo (77')

Destaques
Nacional
Diego Benaglio: Fez coisas boas, como impedir o avolumar do resultado, mas também fez coisas más, tais como o mau remate para os pés de Cardozo e consequente golo, e a entrada imprudente sobre Maximiliano Pereira, que deu origem ao penalty do segundo golo de Cardozo, que bem lhe pode agradecer.
Patacas: O capitão tinha a forte oposição do jovem e rápido Di María (a idade não perdoa...), mas conseguiu ainda arranjar tempo para ser um dos principais homens ofensivos da turma alvi-negra, tendo conseguido dois cruzamentos que resultaram em jogadas de relativo perigo (aos 33 e aos 62 minutos).
Fellype Gabriel: O mais inconformado da equipa da Choupana; deixou em campo bons apontamentos, tanto ao nível do remate (causou alguns problemas a Quim...), como ao nível técnico.

Benfica
Rui Costa: Quem é que lhe dá aquela idade? Segundo Fernando Santos, não conseguia fazer dois jogos seguidos (entenda-se, um à quarta e depois ao domingo), mas lá se vai aguentando. É um elemento fundamental na estrutura de Camacho, mas será que depois vai acusar este seu desgaste e esta dependência que a equipa tem em si? Destaque naturalmente para o seu golo de belo registo, depois de fintar 3 madeirenses, que veio sentenciar a partida.
Di María: Vai tentando passar de promessa a afirmação, e lá vai desempenhando bem esse papel. Assistência aos 3 minutos para Cardoso; obrigou Benaglio a uma boa defesa aos 17 minutos na marcação dum livre; assistiu Nuno Gomes aos 55 minutos; remate aos 80 minutos para defesa incompleta de Benaglio, para depois Cardozo chutar ao lado.
Cardozo: Conseguiu finalmente marcar um golo, e quis logo repetir esse feito. Teve ainda mais oportunidades para dilatar esse seu registo, mas não o conseguiu fazer.


Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Bruno Paixão
Árbitros assistentes: António Godinho, Paulo Ramos
4ºÁrbitro: Joaquim Lamorosa

Ajuizou bem no lance do penalty sobre Maximiliano Pereira; decidiu de forma incompleta no lance aos 14 minutos, no qual apenas marcou falta e não mostrou amarelo a Katsouranis, depois de este levar a mão à bola; aos 3 minutos, o seu auxiliar não viu o fora-de-jogo de Cardozo; decidiu-se pelo amarelo, que para mim era alaranjado, depois de uma entrada feia de Miguel Vítor (três jogos, três amarelos...); e se calhar Katsouranis merecia outro castigo, depois de aos 62 minutos ter empurrado o árbitro, tentando mostrar o que se tinha passado na jogada que levou o árbitro a apitar falta, mas aquilo não se pode fazer ao árbitro, tem mais 10 colegas de equipa para demonstrar o que quer que seja.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pa eu de rapaqueca percebo q.b. mas da outra parte da palavra percebo bue! ou seja, de rapa. percebo bue de rapa.

Concordo com o que foi estipulado nesta entrada do blog.

Victoria mercida do nosso glorioso, como a entrada comprova. Bom trabalho.