sexta-feira, 31 de agosto de 2007

UEFA Cup-Adversários das Equipas Portuguesas


BELENENSES
Bayern München: 4 Taças/Ligas dos Campeões, uma Taça Uefa, uma Taça das Taças, duas Taças Intercontinentais, 20 campeonatos alemães, 13 Taças da Alemanha...é preciso continuar? Sem dúvida a principal favorita à conquista da Bundesliga deste ano (e à conquista da Taça UEFA), e sem dúvida a equipa alemã que mais (e melhor) se reforçou: Marcell Jansen (ex-Borussia Mönchengladbach), José Ernesto Sosa (ex-Estudiantes de La Plata), Zé Roberto (um regresso, esteve no Santos uma época), Franck Ribéry (ex-Olympique de Marseille), Hamit Altıntop (ex-Schalke 04), Jan Schlaudraff (ex-Alemannia Aachen), Luca Toni (ex-Fiorentina) e Miroslav Klose (ex-Werder Bremen). E estas simples aquisições têm como colegas de equipa: Oliver Kahn, Michael Rensing e Bernd Dreher; Willy Sagnol, Christian Lell, Martín Demichelis, Lúcio, Daniel Van Buyten, Valérien Ismaël e Philipp Lahm; Andreas Ottl, Mark van Bommel e Bastian Schweinsteiger; Sandro Wagner e Lukas Podolski. E já quase ninguém se lembra das importantes saídas de Owen Hargreves (Manchester United), Hasan Salihamidžić (Juventus), Claudio Pizarro (Chelsea), Roy Makaay (Feyenoord) e Roque Santa Cruz (Blackburn Rovers).

PAÇOS DE FERREIRA
AZ Alkmaar: Depois de no ano passado terem perdido vários elementos importantes, este ano perderam três jogadores de elevada importância, o defesa Tim de Cler para o Feyenoord, Schota Arweladse para o Levante U.D., e Danny Koevermans para o PSV Eindhoven, tendo entrado para os seus lugares o defesa belga que se destacou no europeu de sub-21, Sébastien Pocognoli (ex-K.R.C. Genk), Ari (avançado ex-Kalmar FF) e Graziano Pellè (avançado ex-Lecce); Sergio Romero (guara-redes ex-Racing Club de Avellaneda) veio também reforçar a equipa. Estes juntaram-se a: Boy Waterman e Joey Didulica; Grétar Rafn SteinssonKew Jaliens, Barry Opdam, Ryan Donk; Stijn Schaars, David Mendes, Demy de Zeeuw, Simon Cziommer, Maarten Martens; Moussa Dembélé, Julian Jenner.

SPORTING DE BRAGA
Hammarby IF: A equipa menos conhecida das quatro foi terceira clasificada na época transacta no campeonato sueco (Allsvenskan). A equipa é composta por: guarda-redes-Erland Hellström, Benny Lekström e George Moussan; defesas-David Johansson, Emil Johansson, José Monteiro de Macedo, Suleyman Sleyman, Christian Traoré, Isak Dahlin, Gunnar Thor Gunnarsson, Joakim Jensen, Fadi Malke e Matthias Olsson; médios-Louay Chanko, Petter Andersson, Mikkel Jensen, Sebastian Castro-Tello, Erkan Zengin, Haris Laitinen, Simon Helg e Sebastián Eguren; avançados-Charlie Davies, Heidar Geir Juliusson, Nkosinathi "Toni" Nhleko, Alagie Sosseh e Paulinho Guará. De todos, os mais conhecidos são o brasileiro Paulinho Guará, o sueco Castro-Tello, o jovem norte-americano Charlie Davies (tem 21 anos e já conta 3 internacionalizações A pelos EUA), o uruguaio Sebastián Eguren, o que demonstra que o Sporting de Braga tem uma tarefa à partida fácil pela frente.


UNIÃO DE LEIRIA

Bayer 04 Leverkusen: Continua uma boa equipa, apesar das saídas de Butt (Benfica), Voronin (Liverpool), Juan (AS Roma), Roque Júnior (saíu do clube, agora está sem clube), Athirson (saíu com Roque Jínior, está no Botafogo). Para o lugar dos que saíram, entraram Manuel Friedrich (ex-Mainz 05), Lukas Sinkiewicz (ex-FC Köln), Arturo Vidal (ex-Colo-Colo), Hans Sarpei (ex-Wolfsburg), Atanas Kurdov (ex-Levski Sofia) e Theofanis Gekas (ex-VfL Bochum). Já lá estavam: Adler (o tal que tirou o lugar a Butt); Gonzalo Castro, Karim Haggui, Callsen-Bracker, Carsten Ramelow; Simon Rolfes, Pirmin Schwegler, Paul Freier, Bernd Schneider, Tranquillo Barnetta; Sergej Barbarez, Michal Papadopulos e Stefan Kießling.

Sorteio da UEFA Cup


Sorteio dita confrontos difíceis

Pode-se dizer que, como já se esperava, foi um sorteio com pouca sorte para os portugueses. Isto porque apenas uma das nossas equipas, neste caso o Sporting de Braga, era cabeça-de-série e, deste modo, evitou confrontos complicados logo na primeira fase desta competição, enfrentando o Hammarby da Suécia. Mas o mais sortudo de todos ainda foi o Belenenses, que vai defrontar o principal candidato à conquista deste troféu, o Bayern München; também à Alemanha vai a União de Leiria, desta feita com o Bayer Leverkusen; Paços de Ferreira desloca-se à Holanda para defrontar o AZ Alkmaar. A seguir, a lista completa dos jogos, agrupada pelos "grupos" pré-sorteados:

Grupo 1

Midtjylland (Den) vs. Lokomotiv Moskva (Rus)
Groningen (Ned) vs. Fiorentina (Ita)
Rabotnički (Mac) vs. Bolton (Eng)
AEK Athens (Gre) vs. Red Bull Salzburg (Aut)
Nürnberg (Ger) vs. Rapid Bucureşti (Rom)


Grupo 2

Everton (Eng) vs. Metalist Kharkiv (Ukr)
Zenit Saint Petersburg (Rus) vs. Standard Liège (Bel)
Bayer 04 Leverkusen (Ger) vs. UNIÃO DE LEIRIA (POR)
Villarreal (Spa) vs. BATE Borisov (Blr)
FC Sion (Swi) vs. Galatasaray (Tur)


Grupo 3

Atlético Madrid (Spa) vs. Kayseri Erciyesspor(Tur)
Tampere United (Fin) vs. FC Girondins de Bordeaux (Fra)
Panathinaikos FC (Gre) vs. Artmedia Bratislava (Svk)
Sparta Praha (Cze) vs. Odense Boldklub (Den)
FC Zürich (Swi) vs. Empoli (Ita)


Grupo 4

FC Sochaux (Fra) vs. Panionios FC (Gre)
SK Rapid Wien (Aut) vs. R.S.C. Anderlecht (Bel)
PAÇOS DE FERREIRA (POR) vs. AZ Alkmaar (Ned)
Sampdoria (Ita) vs. Aalborg (Den)
FC Spartak Moscow (Rus) vs. BK Häcken (Swe)


Grupo 5

Hammarby IF (Swe) vs. SPORTING DE BRAGA (POR)
AE Larissa (Gre) vs. Blackburn Rovers (Eng)
FK Mladá Boleslav (Cze) vs. U.S. Città di Palermo (Ita)
NK Dinamo Zagreb (Cro) vs. AFC Ajax Amsterdam (Ned)
PFC Lokomotiv Sofia (Bul) vs. Stade Rennais (Fra)


Grupo 6

SK Brann (Nor) vs. Club Brugge K.V. (Bel)
Bayern München (Ger) vs. C.F. OS BELENENSES (POR)
Aberdeen F.C. (Sco) vs. FC Dnipro Dnipropetrovsk (Ukr)
SC Heerenveen (Ned) vs. Helsingborgs IF (Swe)
Toulouse FC (Fra) vs. PFC CSKA Sofia (Bul)


Grupo 7

Hamburger SV (Ger) vs. PFC Litex Lovech (Bul)
FK Sarajevo (Bos) vs. FC Basel 1893 (Swi)
FK Austria Wien (Aut) vs. Vålerenga I.F. (Nor)
Hapoel Tel Aviv F.C. (Isr) vs. AIK Solna (Swe)
Aris Thessaloniki F.C. (Gre) vs. Real Zaragoza (Spa)


Grupo 8

FC Dinamo Bucureşti (Rom) vs. IF Elfsborg (Swe)
Tottenham Hotspur F.C. (Eng) vs. Anorthosis Famagusta FC (Cyp)
RC Lens (Fra) vs. F.C. København (Den)
Getafe C.F. (Spa) vs. FC Twente (Swi)
Dyskobolia Grodzisk Wielkopolski (Pol) vs. FK Crvena Zvezda (Srb)


1ª Mão: 20 de Setembro
2ª Mão: 4 de Outubro

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Grupo F

Grupo do SPORTING

Manchester United: Dispensa apresentações; porém, digo apenas que já ganharam duas Taças/Ligas dos Campeões. Nani (ex-Sporting), Anderson (ex-FC Porto), Owen Hargreaves (ex-Bayern München) e Carlos Tévez (ex-West Ham) foram as contratações milionárias que este clube fez. Estes 4 juntaram-se a: Edwin van der Sar, Tomasz Kuszczak e Ben Foster (regressou do empréstimo ao Watford); Gary Neville, Phil Bardsley (regressou do empréstimo ao Aston Villa), John O'Shea, Rio Ferdinand, Wes Brown, Nemanja Vidić, Gerard Piqué (regressou do empréstimo ao Real Zaragoza), Mikaël Silvestre, Patrice Evra; Michael Carrick, Darren Fletcher, Paul Scholes, Park Ji-Sung; Ryan Giggs, Cristiano Ronaldo, Chris Eagles, Louis Saha, Wayne Rooney.

AS Roma: Uma das equipas mais fortes de Itália, e a única que ainda incomodou o Internazionale no início da última época. A principal saída foi a de Cristian Chivu (Internazionale), à qual se juntou a do emprestado Christian Wilhelmsson (regressou ao Nantes, que o reemprestou, só que desta vez ao Bolton), o reempréstimo a Vincenzo Montella (esteve emprestado ao Fulham, agora está emprestado ao Sampdoria) e o final de ligação a Shabani Nonda (esteve emprestado ao Blackburn Rovers, está agora a título definitivo no Galatasaray). Quanto a entradas, essas foram, até ver, boas: Cicinho (ex-Real Madrid), Juan (ex-Bayer Leverkusen), Marco Cassetti (estava emprestado pelo Lecce, está agora a título definitivo), Marco Andreolli (ex-Internazionale) e Antunes (ex-Paços de Ferreira); Ludovic Giuly (ex-Barcelona), Mauro Esposito (ex-Cagliari), David Pizarro (estava emprestado pelo Internazionale, está agora a título definitivo), Daniel Unal (tem apenas 17 anos e está emprestado pelo Bellinzona); Mirko Vučinić (estava emprestado pelo Lecce, está agora a título definitivo). Temos ainda: Doni e Gianluca Curci; Christian Panucci, Philippe Mexès, Matteo Ferrari, Samuel Kuffour, Max Tonetto; Ahmed Barusso, Daniele De Rossi, Simone Perrotta, Alberto Aquilani, Rodrigo Taddei, Mancini, Francesco Totti.

Dynamo Kyiv: O crónico campeão ucraniano, apenas destronado 3 vezes pelo Shakhtar Donetsk, não teve saídas de jogadores de elevada importância para a equipa; as entradas são também pouco sonantes, mas são essenciais para a equipa: Pape Diakhaté (ex-Nancy), Michael (ex-Palmeiras) e Ismaël Bangoura (ex-Le Mans). A principal nota de destaque nesta equipa que já ganhou uma Taça das Taças (UEFA Cup Winners Cup) é a manutenção da estrutura da equipa, das quais se destacam: Oleksandr Shovkovs'kyi e Oleksandr Rybka; Marjan Marković, Rodrigo, Goran Gavrančić, Andriy Nesmachniy, Vladislav Vashchuk e Badr El Kaddouri; Ayila Yussuf, Valentin Belkevich, Tiberiu Ghioane, Taras Mykhalyk, Ruslan Rotan, Oleh Husyev, Corrêa e Diogo Rincón; Kléber, Serhiy Rebrov, Maksim Shatskikh e Artem Milevs'kyi.

Grupo D

Grupo do BENFICA

AC Milan: É apenas o campeão em título da UEFA Champions League, e a equipa que, a par do Boca Juniors, tem mais títulos internacionais. Fizeram apenas duas contratações de vulto (Emerson e Alexandre Pato, que só vai estar disponível a partir de Janeiro), mas o mais importante foi terem conseguido manter a estrutura da sua equipa da época passada. Os seus principais jogadores são: Dida, Kalac e Fiori (guarda-redes); os defesas são Favalli, Cafú, Maldini, Kaladze, Nesta, Šimić, Bonera, Jankulovski, Oddo, Digão (irmão de Kaká); no meio-campo Ambrosini, Gattuso, Seedorf, Pirlo, Serginho, Brocchi, Gourcuff, Kaká; como avançados têm Inzaghi, Gilardino, Ronaldo.

Celtic: Alegrem-se os adeptos do Benfica: Kenny Miller já se foi embora (Derby County). Juntaram-se ao autor dos três golos no jogo contra o Benfica da última época Gravesen (emprestado ao Everton), Beattie (West Bromwich Albion) e os veteranos Thompson (Leeds) e Lennon (Nottingham Forest). Entraram Perrier-Doumbé (esteve emprestado pelo Stades Rennais, está agora em definitivo), Massimo Donati (AC Milan), Scott Brown e Chris Killen (Hibernian), McDonald (Motherwell). Depois temos ainda: Artur Boruc; Gary Caldwell, Dianbobo Baldé, Lee Naylor e Stephen McManus; Paul Hartley, Evander Sno, Jiří Jarošík, Shunsuke Nakamura e Aiden McGeady; Maciej Żurawski, Vennegoor of Hesselink e Derek Riordan.

Shakhtar Donetsk: Perderam Flavius Stoican (Dinamo Bucureşti), Elano (Manchester City), Matuzalem (Real Zaragoza), Andriy Vorobei (Dnipro Dnipropetrovsk) e Ciprian Marica (VfB Stuttgart); "ganharam" Andriy Pyatov (ex-Vorskla Poltava) para a baliza, Ilsinho (ex-São Paulo) e Yezerskiy (ex-Dnipro Dnipropetrovsk) para a defesa, Priyomov (ex-Metalurh Donetsk), Willian (ex-Corinthians, aquele que foi apontado como reforço do Benfica) para o meio-campo, Oleksandr Hladky (ex-FC Kharkiv), Cristiano Lucarelli (ex-Livorno) e Nery Castillo (ex-Olympiakos), para o ataque. Estas aquisições juntam-se a: Dmytro Shutkov e Bohdan Shust (guarda-redes); Tomáš Hübschman, Mariusz Lewandowski, Dmytro Chyhrynskyi, Răzvan Raţ e Vyacheslav Shevchuk (defesas); Igor Duljaj, Jádson, Oleksiy Polyansky, Darijo Srna, Fernandinho e Zvonimir Vukić (médios); Brandão, Oleksiy Byelik e Luiz Adriano (avançados).

Grupo A


Grupo do FC PORTO

Liverpool: Talvez o principal candidato a passar, a par do FC Porto, não só pelo pote que integrava, mas também pela equipa que apresenta, bem como pelas contratações que efectuou, das quais se destacam: Fernando Torres, vindo do Atlético de Madrid pela módica quantia de €40 milhões; o jovem mas já internacional A holandês Ryan Babel, vindo do Ajax; Andriy Voronin, internacional ucraniano vindo do Bayer Leverkusen; Yossi Benayoun, ex-jogador do West Ham e também internacional pelo seu país (Israel); Charles Itandje, guarda-redes francês vindo do Lens, provável suplente de Reina. A juntar a estes novos jogadores, temos ainda: o guarda-redes Reina; os defesas Arbeloa, Finnan, Fábio Aurélio, Agger, Hyypiä, Carragher, Riise; os médios Sissoko, Mascherano, Gerrard, Xabi Alonso, Kewell, Pennant; os avançados Kuyt, Crouch; os jovens promissores argentinos Insúa e Leto, o brasileiro Lucas, e o marroquino El Zahr.

Olympique de Marseille: Ao falarmos do Olympique de Marseille, lembramo-nos automaticamente de Djibril Cissé, mas a equipa não é ele mais 10. Para além da importante saída de Franck Ribéry, o Olympique de Marseille perdeu ainda Habib Beye para o Newcastle; em termos de entradas, devem-se destacar: Gaël Givet (ex-Mónaco), Boudewijn Zenden (ex-Liverpool), Karim Ziani (ex-Sochaux), Benoît Cheyrou (ex-Auxerre), que têm vindo a ser utilizados nas primeiras jornadas. Depois temos ainda Carrasso, Taiwo, Rodriguez, Zubar, Oruma, M'Bami, Cana, Samir Nasri (uma das principais promessas do futebol gaulês, que apesar de ter ainda 20 anos, já jogou e já marcou pela selecção A francesa), Niang, assim como o jovem internacional ganês de apenas 17 anos André Ayew.

Beşiktaş: O Beşiktaş é provavelmente a equipa menos forte deste grupo, podendo quiçá lutar pelo apuramento para a UEFA Cup. Visto que no campeonato turco só se podem ter sete jogadores estrangeiros, o plantel desta equipa turca é principalmente composto por jogadores do seu país. Os estrangeiros são: Rodrigo Tello, que assim volta a Portugal; o internacional brasileiro Ricardinho; o também brasileiro Bobô; o ex- Saint Étienne Diatta; os argentinos Matías Delgado e Federico Higuaín. Dos turcos, destaque para: os guarda-redes Rüştü e Hakan Arıkan, que disputam a titularidade; os defesas internacionais A pela Turquia İbrahim Toraman e Koray Avcı (também joga a médio); os jovens médios Serdar Kurtuluş e Buraklmaz, Ali Tandoğan, o veterano İbrahim Üzülmez, e İbrahim Akın; o avançado Batuhan Karadeniz (16 anos, 1,90 metros e que até ao momento já jogou quatro vezes pela equipa principal e já marcou por duas vezes pela equipa principal, uma delas para a Tukcell SüperLig), e Mert Nobre (brasileiro/turco).

Sorteio UEFA Champions League




Sorte diferente para os três grandes




Em directo do Mónaco, pudemos assistir ao sorteio da UEFA Champions League, em especial o sorteio dos nossos três grandes. Como já era previsível, tendo em conta a colocação em potes diferentes, o Sporting teve mais uma vez um sorteio pouco agradável, enquanto que o Benfica, não tendo um grupo fácil, poderá, no entanto, passar à próxima fase; quanto ao FC Porto, pode-se dizer que teve, sem dúvida, o grupo mais acessível dos três. Porém, no final se verá. Destaque ainda para os grupos E e G, talvez os mais renhidos, e para o grupo H, que, já não sendo forte à partida, se arrisca a ser o mais fraco se o Sevilla não conseguir passar a pré-eliminatória frente ao AEK Athens.


Destaque ainda para: o Chelsea de Mourinho e toda os outros portugueses da equipa técnica, Hilário, Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho, que irá reencontrar o Valência de Caneira, Manuel Fernandes e Miguel; o confronto entre o Real Madrid do luso-brasileiro Pepe e o Werder Bremen de Hugo Almeida e do luso-francês Amaury Bischoff; o duelo entre o luso-brasileiro Deco (Barcelona) e Fernado Meira (VfB Stuttgart); o Internazionale de Figo e Pelé a confrontar o PSV Eindohven do luso-francês Manuel Da Costa; e o possível confronto entre o Sevilla de Duda e o Arsenal de Rui Fonte, jovem avançado dos gunners que fez a pré-época com a equipa principal.


Nesta gala, foram ainda entregues os prémios relativos à última edição da UEFA Champions League, e os vencedores foram:

Melhor Guarda-Redes: Petr Čech (Chelsea)

Melhor Defesa: Paolo Maldini (AC Milan)

Melhor Médio: Clarence Seedorf (AC Milan)

Melhor Avançado: Kaká (AC Milan)

Melhor Jogador: Kaká (AC Milan)


A seguir, pode-se ver a lista completa dos grupos, com a ordem das equipas determinada pelo pote que ocupava, dado o seu coeficiente.



Grupo A

Liverpool

FC PORTO

Olympique de Marseille

Beşiktaş



Grupo B

Chelsea

Valência

Schalke 04

Rosenborg



Grupo C

Real Madrid

Werder Bremen

SS Lazio

Olympiakos



Grupo D

AC Milan

BENFICA

Celtic

Shakthar Donetsk



Grupo E

Barcelona

Lyon

VfB Stuttgart

Rangers



Grupo F

Manchester United

AS Roma

SPORTING

Dynamo Kyiv


Grupo G

Internazionale

PSV Eindhoven

CSKA Moscow

Fenerbahçe



Grupo H

Arsenal

Sevilla

Steaua Bucureşti

Slavia Praha

Convocatória da Selecção Sub-21



Eis a lista de convocados da Selecção Sub-21 para o jogo frente à República da Irlanda, dia 7 deste mês de Setembro, sendo esta a primeira convocatória do novo treinador da nossa selecção de esperanças, Rui Caçador.


Guarda-redes: Ricardo Batista (Fulham) e Rui Patrício (Sporting)


Defesas: Antunes (AS Roma), Gonçalo Brandão (Belenenses), Manuel da Costa (PSV Eindhoven), Nuno Coelho (Portimonense), Vasco Fernandes (Olhanense) e Vítor Gomes (Rio Ave)


Médios: Bruno Pereirinha (Sporting), Hélder Barbosa (Académica), João Coimbra (Nacional), Manuel Fernandes (Valencia), Miguel Veloso (Sporting), Paulo Machado (Leixões), Pelé (Internazionale) e Vieirinha (Leixões)


Avançados: Cícero (Dínamo de Moscovo), Fábio Coentrão (Benfica, dispensado por lesão) , João Moreira (Nacional) , Tiago Targino (Vitória de Guimarães) e Yannick Djaló (Sporting, dispensado por lesão)

Convocatória da Selecção Nacional

Já foram comunicados os eleitos da Selecção Nacional de futebol. O principal destaque vai, claro está, para a estreia nos convocados do luso-brasileiro Pepe, que, no entanto, não poderá participar no estágio da selecção, devido a uma lesão. Destaque também para os regressos de Bruno Alves para a defesa, Maniche e Petit para o meio-campo, e de Hugo Almeida e Nani para o ataque, saindo da convocatória Ricardo Carvalho (lesionado), Miguel Veloso (sub-21) e João Tomás (lesionado).
A seguir, a lista completa de convocados, por ordem meramente alfabética.

Guarda-redes: Quim (Benfica) e Ricardo (Real Betis)

Defesas: Bosingwa (FC Porto), Bruno Alves (FC Porto), Caneira (Valencia), Fernando Meira (VfB Stuttgart), Jorge Andrade (Juventus), Miguel (Valencia), Paulo Ferreira (FC Porto) e Pepe (Real Madrid, dispensado por lesão)

Médios: Deco (Barcelona), João Moutinho (Sporting), Maniche (Atlético Madrid), Petit (Benfica), Raúl Meireles (FC Porto) e Tiago (Juventus)

Avançados: Cristiano Ronaldo (Manchester United), Hélder Postiga (FC Porto), Hugo Almeida (Werder Bremen), Nani (Manchester United), Nuno Gomes (Benfica), Quaresma (FC Porto) e Simão (Atlético Madrid)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Antonio Puerta e Chaswe Nsofwa



Um era espanhol, tinha 22 anos, tinha jogado uma vez pela selecção A espanhola, e jogava no bi-campeão da UEFA Cup, Sevilha; o outro era zambiano, tinha 28 anos, tinha jogado e marcado 17 vezes pela selecção A zambiana, e jogava no Hapoel Beersheba, da segunda divisão israelita. Um morreu no dia 28 de Agosto, depois de se ter sentido mal durante um jogo, o outro morreu no dia 29 de Agosto, depois de se ter sentido mal num treino. Os dois morreram a fazer aquilo que gostavam de fazer: jogar futebol. Aqui fica a minha homenagem.

Até sempre!

F.C. København vs. Benfica, 0-1 (agr. 1-3)


Regresso a Copenhaga, desta vez com uma vitória

FC Porto e Sporting já lá estavam, só faltava o outro dos "3 grandes" qualificar-se para a mais importante competição europeia a nível de clubes. Depois da vitória por 2-1 no estádio da Luz na 1ª mão da 3ª Pré-eliminatória da UEFA Champions League, na 2ª mão foi a vez do Benfica se deslocar à casa dos dinamarqueses, palco este que já conhecia fruto do jogo que lá havia disputado aquando da última edição da Champions League, na qual as duas equipas se defrontaram na fase de grupos. O início do jogo nem foi grande coisa para a equipa portuguesa, temendo-se mesmo que a equipa dinamarquesa marcasse algum golo e, assim, se colocasse à frente da eliminatória. Logo ao segundo minuto, Nordstrand rematou com as costas para defesa fácil de Quim; aos 4 minutos, novamente Nordstrand a rematar mais uma vez, desta vez por cima; três minutos depois, foi a vez de Hangeland, de cabeça, rematar para Léo cortar em cima da linha; 11 minutos decorridos, e mais uma bola cortada em cima da linha, desta vez por Cardozo, isto depois de na sequência de um livre Jensen ter metido na área, a bola ter ficado presa na área, sobrando depois para Hutchinson chutar contra um jogador do Benfica. Depois deste sofoco dinamarquês, foi a vez do Benfica, num lance aparentemente estudado, marcar logo no seu primeiro remate à baliza contrária: Rui Costa marcou iniciou o lance, Cardozo cabeceia para Nuno Gomes que sem marcação e também de cabeça mete para o meio para Katsouranis que rematou vitoriosamente. Após o golo, a equipa da casa adormeceu ofensivamente, passando o Benfica a dispôr de mais espaço e assim criou mais perigo: cabeceamento de Cardozo a centro de Léo (20'); remate forte de Nuno Gomes de longe (21'); 22'-mais uma vez Léo a centrar, Nuno Gomes a desviar de cabeça para Miguel Vítor que chegou atrasado à bola; remate de Di María por cima aos 23 minutos, a passe de Rui Costa. A seguir, a jogada que me despertou maiores dúvidas, e que se passou aos 25 minutos: Nordstrand meteu para Allbäck que passou por Miguel Vítor, e no seguimento da jogada, já na grande área, o jovem jogador do Benfica pisou por duas vezes o pé de apoio do experiente avançado sueco; assim sendo, ficou, a meu ver, um penalty por assinalar. Depois disso, e até ao intervalo, assistimos a um jogo equilibrado, com jogadas numa e noutra área. Após o reatamento, o jogo assistiu a um período de domínio do Benfica, se bem que neste período o Benfica se tenha preocupado mais com a manutenção deste resultado do que com a criação de jogadas de perigo. O Copenhaga só acordou após as substituições, principalmente de Sionko, que veio movimentar o ataque e criar mais perigo aos jogadores do Benfica. No entanto, pouco ou nada de novo houve, já que fica a ideia de que o F.C. København é composto por aqueles que estiveram em campo (mais Grønkjær), e pouco mais. Assim, o Benfica foi um justo vencedor desta difícil deslocação à Dinamarca, tendo em conta que continua ser uma equipa em construção.


F.C. København

Equipa titular
1-Christiansen
23-Kvist
14-Gravgaard (cap.)
5-Hangeland
3-Jensen
8-Silberbauer
6-Würtz
4-Nørregaard
13-Hutchinson
9-Nordstrand
11-Allbäck

Suplentes
41-Nathan Coe
17-Wendt
22-Bertolt
24-Sionko
7-Aílton

Substituições
58'-Entrou Sionko, saiu Würtz
74'-Entrou Aílton, saiu Nordstrand

Benfica
Equipa titular
12-Quim
22-Nélson
28-Miguel Vítor
8-Katsouranis
5-Léo
6-Petit (sub-cap.)
10-Rui Costa
2-Luís Filipe
20-Di María
21-Nuno Gomes (cap.)
7-Cardozo

Suplentes
24-Butt
11-Miguelito
32-Romeu Ribeiro
25-Nuno Assis
30-Adu
16-Fábio Coentrão
19-Bergessio

Substituições
Intervalo-Entrou Nuno Assis, saiu Nélson
74'-Entrou Romeu Ribeiro, saiu Di María
90'-Entrou Bergessio, saiu Nuno Gomes (passando Petit a capitão)

Disciplina
17'-Hutchinson (A)
57'-Cardozo (A)
68'-Katsouranis (A)
77'-Miguel Vítor (A)

Golos
1-0, Katsouranis (17')

Destaques
Benfica
Miguel Vítor: Mais um jogo em que os olhos estavam todos postos em cima dele, e o puto lá fez o seu jogo, não arriscando muito como se pede a um jovem jogador, ainda para mais tendo em conta a posição em que ele joga. Tirando o penalty que cometeu sobre Allbäck (25') e o facto de ter visto o segundo amarelo em dois jogos, esteve bem.
Katsouranis: Pelo golo que fez e pela quantidade de bola que recuperou, o internacional grego merece destaque.
Léo: Foram muitas as vezes, principalmente na primeira-parte, que vimos Léo a correr pelo seu flanco, a ajudar o ataque sempre que tinha espaço.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Eric Braamhaar (Holanda)
Árbitros assistentes: Arie Brink (Holanda), Patrick Gerritsen (Holanda)
4º Árbitro: Pol Van Boekel (Holanda)

Além do penalty por marcar, por falta feita por Miguel Vítor sobre Allbäck, já que o puto lhe pisou o pé de apoio por duas vezes, ficou também um amarelo por mostrar a Rui Costa após este ter parado um contra-ataque do F.C. København através duma falta por trás. Tirando isso, este bem o juíz das tulipas.

Especial-Festival João Querido Manha+Luís Sobral
Lance do penalty: nem um nem outro vêm (ou então não querem ver) a falta de Miguel Vítor, já que pela apreciação que fazem, parece que só olham para para cima, não para os pés.
37'-"Copenhaga só cria perigo de bola parada"; o golo do Benfica foi de bola corrida?
49'-"Grande corte de Petit"; jogador dinamarquês tropeçou na bola...
Qualquer coisa que Miguel Vítor faça..."muito bem!".
67'-"Allbäck fabrica amarelo para Katsouranis"; até parece que foi o sueco que meteu a bola nas mãos de Katsouranis...
70'-"Grande corte de Miguel Vítor"; Hutchinson chutou contra Miguel Vítor.
83'-"Excelente saída de Quim"; Quim foi, como se diz na gíria, autenticamente "papado", já que saiu de forma extemporárea e, se não fosse a ajuda dos defesas do Benfica, Allbäck teria feito golo.

FC Porto vs. Sporting, 1-0


Clássico equilibrado decidido pelo árbitro

No jogo mais aguardado desta jornada, a principal figura do jogo acabou por ser o árbitro, ao ter influência directa em vários lances que ajuizou mal, dos quais se destaca, naturalmente, o lance que deu origem ao golo que acabou por resolver o jogo. Depois de uns primeiros minutos com a posse de bola a ser distribuída equitativamente entre as duas equipas, o FC Porto passou a dominar o esférico, até que chegou o intervalo. Após o reatamento do jogo, pudemos ver um Sporting mais solto e mais perigoso, disposto a reequilibrar o jogo...até que o árbitro "decidiu decidir" o jogo a favor de uma das equipas. Sobre o jogo não há muito a dizer, apenas convém dizer que não foi um jogo por aí além, foi sim um jogo equilibrado, tanto em termos de remates, como em termos de posse de bola. Do lado do FC Porto, continua a haver uma grande dependência dos lances de bola parada; do lado do Sporting, a equipa parece continuar a construir-se, à procura da equipa forte defensiva e ofensivamente que houve na recta final da última época.

FC Porto
Equipa titular
1-Helton
12-Bosingwa
2-Bruno Alves
3-Pedro Emanuel (cap.)
13-Fucile
6-Paulo Assunção
16-Raúl Meireles
8-Lucho González
17-Tarik
7-Quaresma
9-Lisandro López

Suplentes
33-Nuno
4-Stepanov
5-Cech
18-Bolatti
20-Leandro Lima
11-Mariano González
23-Hélder Postiga

Substituições
Intervalo-Entrou Hélder Postiga, saiu Tarik
67'-Entrou Mariano González, saiu Raúl Meireles
85'-Entrou Bolatti, saiu Lisandro López

Sporting
Equipa titular
34-Stojkovic
78-Abel
13-Tonel
4-Polga
8-Ronny
24-Miguel Veloso
7-Izmailov
28-João Moutinho
30-Romagnoli
11-Derlei
31-Liedson

Suplentes
16-Tiago
26-Gladstone
3-Marjan Had
25-Pereirinha
21-Farnerud
10-Simon Vukcevic
20-Yannick Djaló

Substituições
62'-Entrou Simon Vukcevic, saiu Izmailov
76'-Entrou Pereirinha, saiu Abel
76'-Entrou Yannick Djaló, saiu Ronny

Disciplina
33'-Quaresma (A)
52'-Derlei (A)
54'-Tonel (A)
73'-Polga (A)
86'-Bosingwa (A)
90+4'-Helton (A)

Golos
1-0, Raúl Meireles (52')

Destaques
FC Porto
Bruno Alves: Cortou praticamente tudo, ajudou Bosingwa e Fucile quando estes subiam e deixavam o seu lado aberto, lançou algumas bolas com sucesso nos jogadores mais avançados.
Raúl Meireles: Destaque natural pelo golo, ao qual se juntou o facto de ser ele o principal responsável pela ligação entre a defesa e o ataque, parecendo que não tinha jogado durante a semana na Arménia.
Tarik: Muito irrequieto, procurou sempre criar espaços, rematou várias vezes e, apesar de nem sempre ter rematado bem nem ter tomado a decisão correcta no capítulo do passe, ficou a iniciativa.
Lisandro López: Jogou adaptado a avançado, mas tentou sempre refugiar-se na ala menos povoada. Funcionou ainda como primeiro defesa, dado que foram várias as vezes que se pode ver este jogador a pressionar a defesa leonina.
Sporting
Miguel Veloso: Responsável por um grande número de recuperações, o médio-defensivo leonino deu ainda um contributo importante para a habitual dinâmica no seu meio-campo, não se limitando a defender, e arriscando dribles, para depois colocar nos seus colegas mais avançados.
João Moutinho: Além decapitão na folha de jogo, foi também dentro do campo. Variadas vezes se viu o 28 a dar instruções a colegas de equipa, assim como se pôde vê-lo a conduzir os ataques da turma leonina. Arricou também o seu remate duas vezes com algum perigo.
Vukcevic: Dos que entrou, foi sem dúvida o que mais conseguiu fazer, fazendo até mais do que o seu talvez maior rival, Izmailov. Muito mexido, beneficiou também do facto de ter entrado no melhor período sportinguista.
Derlei: Correu, lutou, empenhou-se, rematou, fez boa pressão sobre os defesas, pelo que merece um destaque especial neste seu regresso ao estádio dum clube que já representou.


Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Pedro Proença
Árbitros assistentes: Tiago Trigo, Ricardo Santos
4º Árbitro: Vasco Santos

Muito mau para ser verdade...nem sei por onde começar. E o pior é que foi sempre para o mesmo lado... Pior ainda é o facto de este senhor prejudicar sempre o espectáculo. Certamente lembram-se do Belenenses vs. Sporting, jogo da final da Taça de Portugal do ano passado, e certamente também se lembram deste árbitro não assinalar um penalty logo aos 34 segundos de jogo (Nivaldo derrubou Moutinho no interior da grande área) a favor do...Sporting. E porque é que prejudicou o espectáculo? Penso que é óbvio: o Belenenses se sofresse esse golo madrugador teria jogado doutra forma, de maneira mais aberta, o que permitiria ao Sporting criar mais perigo, e teria também de apostar mais no ataque, em vez de jogar em contra-ataques rápidos e a apostar no erro do adversário. Lá porque foi aos 4 segundos, não quer dizer nada, as faltas são para serem assinaladas quando existem, ou então cria-se uma regra a dizer que até aos 5 minutos não há expulsões nem penalties. Enfim, deixemo-nos do passado, apesar deste árbitro nos tentar puxar pela memória, já que ele se esforça por ficar na nossa memória (sempre pelos piores motivos...). Antes do espectáculo das não-expulsões, tivemos ainda direito a um outro espectáculo para abrir o apetite: as simulações de Quaresma (vão-se tornando uma característica dele, para além das trivelas), às quais se juntaram as de Fucile (que bem rebolou uma ou duas vezes a tentar que algum jogador leonino fosse expulso,mas sem sucesso). Logo ao sugundo minuto de jogo, já Quaresma tinha simulado uma falta. E aos 26 minutos, Fucile não quis ficar atrás, e também simulou uma falta, à qual Pedro Proença atendeu, travando assim um possível contra-ataque perigoso do Sporting. Pôde-se dar então início ao trio de entradas a roçar a cartolina encarnada (se bem que algumas até ultrapassaram esse castigo). Para começar, Quaresma, com uma entrada feíssima sobre Miguel Veloso, que felizmente não tinha o pé assente no chão, senão... Pode-se dizer que queria ir à bola, mas e então? Isso é desculpa para entrar daquela maneira? Aos 37 minutos, foi a vez do internacional português nascido em Mbandaka (Bosingwa para os amigos) ser protagonista duma entrada perigosíssima sobre João Moutinho que, felizmente se desviou do pé (ou será melhor dizer pata?) do Bosingwa...até o mister Jesualdo Ferreira fechou os olhos; resultado: falta, mas nada de amarelo. Na segunda-parte, pudemos ver Moutinho com medo de jogadas divididas, o que condicionou o seu jogo, como por exemplo numa disputa de bola com Lucho em que se tem a perfeita noção de que o Moutinho poderia ter ganho a bola,mas teve medo de sofrer mais uma falta perigosa e ficar lesionado. Como não há duas sem três (esta frase já se vai tornando um hábito no blog, às vezes nem sempre pelos melhores motivos), tivemos aos 42 minutos uma curiosa maneira de se elevar de modo a chegar a um lance aéreo com Derlei, por parte do capitão Pedro Emanuel. Curiosa porque saltou e apenas um dos braços se elevou, e curiosamente, esse braço era o que estava do lado pelo qual aparecia Derlei. Amarelo? Vermelho? Nada disso. Continuo sem perceber porque é que o ex- árbitro internacional, Vitor Pereira, anunciou com tanto espalhafato (até mereceu uma conferência de imprensa só para esta ocasião...) as tais novas medidas, nas quais iria preservar o espectaculo, os bons jogadores, bla bla. O que acontece em campo é outra coisa: segundo essas tais "regras", entradas perigosas equivalem a cartolina encarnada, e neste jogo tivémos três logo na primeira-parte, e apenas uma teve direito a um amarelo. Que espectáculo é que preservou Pedro Proença? Terá sido o espectáculo das entradas duras sem admoestação? Para acabar a primeira-parte de forma triunfante, tivémos aos 45+1 minutos o sr. árbitro a adverter verbalmente Miguel Veloso, devido a pressão do público e do auricular (estas novas tecnologias fazem milagres!), após uma suposta entrada dura de Miguel Veloso sobre Quaresma O que é que aconteceu realmente? O Quaresma simulou (mais) uma falta, claro.
Mas o melhor ainda estava para vir. Como se ainda não bastasse, o vencedor do prémio para o melhor árbitro na última época, decidiu ser o principal responsável pelo lance que decidiu este jogo, e que se passou aos 52 minutos. O lance já foi sobejamente visto e revisto por toda a gente, e também toda a gente já decidiu certamente se o árbitro ajuizou bem ou mal. Segundo a lei 12, que nos fala sobre faltas e comportamentos antidesportivos, pudemos ler que pune-se com um pontalé livre indirecto a equipa do guarda-redes que, encontrando-se na sua própria área de grande penalidade, cometa a seguinte falta: "tocar a bola com as mãos vindo de um passe atirado deliberadamente com o pé por um seu colega de equipa". Se foi de forma deliberada ou não, apenas o Polga o poderá dizer. O que eu sei, e que o Dr. Dias Ferreira também sabe, tal como ele escreveu e bem num jornal desportivo (eu não puderia expressar de melhor maneira), é que para o comportamento ser classificado de antidesportivo tem de ser deliberado, isto é, deve haver uma intenção manifesta de passar a bola ao guarda-redes; se o jogador se limita a cortar a bola e esta vai na direcção do guarda-redes, como podia ir em qualquer outra, designadamente, na de outro jogador, que não o guarda-redes, é evidente que não há qualquer comportamento antidesportivo. Passa-se então para o campo do subjectivo: se o jogador que faz o passe está só e passa a bola ao guarda-redes que está igualmente só, não é difícil de constatar que tal passe é deliberado; se está apertado por um adversário, corta a bola e esta vai na direcção da baliza, obrigando o guarda-redes a uma grande defesa com as mãos, como se verifica muitas vezes, é evidente também que não será difícil concluir que o passe não é deliberado. A principal questão passa então a ser o deliberadamente, questão esta que foi alterada após as declarações deste mesmo árbitro, quando foi questionado sobre a sua decisão neste mesmo lance, e nas quais mostrou não ter sido um aluno brilhante de arbitragem, já que não sabe todas as regras de forma devida; assim, a nova questão é: este árbitro é deliberadamente ignorante?
Depois tivémos aos 64 minutos uma falta assinalada a Vukcevic, quando pudemos ver nas imagens Bosingwa a agarrar os calções de Vukcevic; aos 67 minutos uma jogada à qual não vi quaisquer comentários em nenhum meio de informação, na qual o Fucile dá com o cotovelo em João Moutinho, a bola continua na posse dos jogadores do Sporting que tinham bastante espaço, visto que Fucile tinha ficado para trás, e o árbitro assinala falta, mas não mostra qualquer cartolina a Fucile; aos 69 minutos, após um canto marcado por Ronny, e após confusão na área, bola chega até Vukcevic, que remata contra o pé em riste de...Bosingwa (nem os comentadores viram (ou será que não quiseram ver?) este lance); aos 74 minutos, Abel cruza muito o centro, a bola chega às mãos de Helton que bate em Liedson e força a sua queda contra si próprio, gastando assim 2 minutos; aos 77 minutos um fora-de-jogo mal assinalado a Liedson, já que podíamos ver Fucile a colocá-lo em jogo do outro lado; aos 82 minutos, Postiga fez um mau passe e, de modo a atenuar a situação, simulou uma falta, a qual o árbitro assinalou; aos 88 minutos, após remate de Derlei com defesa "incompleta" de Helton, e após Yannick Djaló chutar às malhas laterais, Bruno Alves força o choque entre a sua perna e o poste, e assim gasta mais uns segundos; aos 89 minutos, simulação de Pedro Emanuel, após "falta" de Derlei, a qual o árbitro, como consequência da pressão feita pelo público, marca falta e assim perdeu-se mais um minuto; aos 90+1 minutos, Helton fica com a bola nas mão durante 9/10 segundos, e o árbitro nada (para quê criar leis que depois não são verificadas nem sequer são postas em prática?); aos 90+3 minutos, FC Porto demorou cerca de 30 segundos para marcar um livre, tendo o tempo perdido sido ampliado para um minuto devido à amostragem do cartão amarelo a Helton. Resumindo: uma exibição imaculada.

Benfica vs. Vitória de Guimarães, 0-0



Treinador novo, o mesmo resultado


Nem o facto de terem um novo treinador, nem o facto de jogarem em casa: o Benfica voltou a empatar. 2ª jornada, 2º clássico para o lado do Benfica, e novamente com uma equipa que subiu esta época à principal divisão de futebol em Portugal. Desta vez, foi a vez de receber o Vitória de Guimarães, bem como a sua fidelíssima falange de apoio(só se ausentaram por um ano, mas já faziam falta...), que esteve praticamente todo o jogo a cantar, ao contrário das claques do Benfica... Quanto ao jogo propriamente dito, voltamos a ver um Benfica com dificuldades, principalmente no capítulo da finalização, bem como na criação de lances de grande perigo. Depois de nos primeiros quinze minutos o Guimarães ter tido maior posse de bola (apesar de ter criado pouco perigo à baliza encarnada), o jogo ficou mais equilibrado, com boas jogadas por parte das duas equipas até ao intervalo. Após o intervalo, o Benfica passou a dominar o jogo, não deixando o Guimarães criar qualquer tipo de perigo (a ajudar a isso esteve também o recuo da equipa vimaranense), mas também não conseguiu criar lances de perigo relevante, excepção feita a um remate de Cardozo, na cobrança de um livre, um remate de Rui Costa, que foi desviado duas vezes, até chegar às mãos de Nilson, e ainda o remate de Luís Filipe por cima, depois de Nilson não ter reparado na sua presença em posição previligeada. Tirando isso, todos os remates foram ou por cima, ou ao lado. Do lado da equipa da cidade-berço, pudemos ver uma boa primeira-parte, com jogadas algo perigosas, todas elas principiadas nas alas; após o intervalo, o Guimarães preocupou-se mais em manter o nulo e assim conquistar um ponto, do que partir para mais jogadas rápidas de contra-ataque. Isso só voltou a acontecer nos últimos 10 minutos de jogo, após as substituições feitas nos dois lados, onde os jogadores que entraram na equipa de Guimarães tentaram mostrar credenciais para um dia poderem ser titulares. Por falar em substituições, as substituições do mister espanhol Camacho não foram muito brilhantes. Tirou um extremo, para pôr um médio defensivo, tirou o avançado, para colocar um defesa-lateral/médio, e retirou ainda o ponta-de-lança (perigoso em bolas paradas, bem como em lances aéreos), para pôr um avançado. Estaria algum lesionado? Mas a principal pergunta que se tem de colocar é: se tivesse sido o mister Fernando Santos a fazer estas substituições, a reacção teria sido a mesma por parte dos adeptos? Como tal, o resultado é o mais adequado, tendo em conta aquilo que se passou dentro das quatro linhas.



Benfica
Equipa titular
12-Quim
22-Nélson
8-Katsouranis
28-Miguel Vítor
5-Léo
6-Petit (sub-cap.)
10-Rui Costa
25-Nuno Assis
16-Fábio Coentrão
21-Nuno Gomes (cap.)
7-Cardozo

Suplentes
24-Butt
2-Luís Filipe
11-Miguelito
32-Romeu Ribeiro
15-Andrés Diaz
30-Adu
19-Bergessio

Substituições
70'-Entrou Romeu Ribeiro, saiu Nuno Gomes (passando Petit a capitão)
71'-Entrou Luís Filipe, saiu Fábio Coentrão
81'-Entrou Bergessio, saiu Cardozo

Vitória de Guimarães
Equipa titular
1-Nilson
25-Andrezinho
16-Danilo
19-Geromel
4-Sereno
26-Flávio Meireles (cap.)
80-João Alves
17-Fajardo
8-Carlitos
21-Alan
9-Miljan Mrdakovic

Suplentes
27-Nuno Santos
2-Radanovic
18-Moreno
3-Luciano Amaral
20-Desmarets
5-Ghilas
11-Felipe

Substituições
55'-Entrou Ghilas, saiu Alan
64'-Entrou Desmarets, saiu Carlitos
75'-Entrou Moreno, saiu Danilo

Disciplina
77'-Fajardo (A)
84'-Sereno (A)
86'-Miguel Vítor (A)

Golos
Nada a registar...

Análise individual
Benfica
Quim: Quando foi chamado a intervir, esteve bem, defendendo ou simplesmente cortando todas as bolas que se dirigiram à sua baliza.
Nélson: Depois de na primeira-parte praticamente não ter subido no terreno e apoiar o sector mais avançado da sua equipa, devido ao trabalho que teve defensivamente, fruto da clara aposta do Guimarães em jogar pelas alas, teve uma segunda-parte muito tranquila defensivamente, aspecto este que não aproveitou, principalmente para subir, como já nos habituou. Serão novas informações por parte do mister Camacho?
Miguel Vítor: Os comentários feitos a seu respeito pareceram-me algo exagerados, principalmente tendo em conta que o Guimarães pouco ou nada atacou na segunda-parte. Sem dúvida que aliviou praticamente todas as bolas que chegaram até ele, mas não é isso que o Luisão, o Bruno Alves, ou o Tonel fazem todos os jogos, cortar as jogadas e chutar para onde estão virados? Só se for pelo facto de ser um jovem e de ter feito a sua estreia. Mal recebia a bola, ou a passava logo a Katsouranis, tivesse ou não pressão vimaranense, ou chutava a bola quase sem olhar, não lhe fosse acontecer alguma coisa... Destaque positivo para a calma que mostrou (ou será sempre aquela a sua cara?); destaque negativo para uma jogada em que perdeu a bola, caiu e agarrou a bola com as mãos: estamos a falar de futebol profissional, não do campeonato de juniores. No entanto, se tiver mais oportunidades (o que duvido que voltará a acontecer, dado o discurso do mister Camacho), poderá evoluir.
Katsouranis: Cortou quando foi chamado a intervir, e tentou ao máximo colocar jogável. Teve ainda tempo para ir ajudando o estreante Miguel Vítor, tanto dando-lhe conselhos, como ajudando-o em jogadas em que o via em apuros.
Léo: À semelhança de Nélson, teve bastante trabalho na primeira-parte. Porém, subiu mais na segunda-parte, onde tentou várias vezes servir os seus companheiros, principalmente Coentrão, que jogou com ele na mesma ala.
Petit: O mesmo de sempre: batalhador, sempre nos limites (às vezes além dos mesmos, como a jogada logo no primeiro minuto de jogo...), dando auxílio tanto ao ataque como à defesa. A mostrar isso esteve um remate aos 23 minutos por cima, e logo a seguir, um ligeiro desvio depois de um cruzamento de Fajardo, que se revelou um corte precioso. Teve uma cabeçada para defesa tranquila de Nilson aos 88 minutos, que foi a sua jogada atacante mais perigosa. Porém, na segunda-parte, mostrou-se menos, devido ao desgaste das suas pilhas.
Rui Costa: Não tão influente como nos outros dois jogos (Leixões e Kobenhavn). Primeira-parte discreta em termos ofensivos (excepção feita a um passe para Nuno Gomes, que chutou ligeiramente ao lado, e a uma boa jogada (8') junto à linha final, metendo depois rasteiro para Coentrão, para defesa fácil de Nilson) e em termos defensivos destaque para um corte aos 28 minutos num livre (mal) estudado, cobrado por João Alves; na segunda-parte, mostrou-se mais, talvez devido ao recuo da equipa contrária, e teve oportunidade de rematar várias vezes (49', 60', 62', por exemplo), todas elas sem grandes efeitos.
Nuno Assis: Sinceramente, pouco ou nada vimos vindo deste jogador, que neste jogo reencontrou a sua antiga equipa. Nem no ataque, nem à defesa: como é que aguentou o jogo inteiro?
Fábio Coentrão: Apesar das suas várias simulações ofuscarem o resto do seu jogo, este jogador esteve bem no aspecto defensivo, tendo sido visto várias vezes a ajudar o seu companheiro de ala. Em termos ofensivos: remate fácil (8') após boa jogada de Rui Costa; má opção aos 41 minutos, quando ao invés de chutar, opta por passar, sem olhar, para Cardozo, que estava marcado...
Nuno Gomes: Desperdiçou a melhor oportunidade para abrir o marcador, quando aos 17 minutos apareceu sozinho à frente de Nilson e teve tudo (mesmo tudo, até a ajuda da equipa de arbitragem, já que estava em fora-de-jogo) para marcar. Destaque ainda para o seu para Fábio Coentrão aos 41 minutos, que o deixou isolado. Acusa, no entanto, ainda alguma falta de ritmo, fruto do tempo que esteve afastado dos relvados, daí ter sido (novamente) substituído.
Cardozo: Mais uma vez, Cardozo esteve muito bem marcado pela defensiva contrária. Teve aos 34 minutos uma cabeçada muito desviada, e aos 57 minutos a sua principal oportunidade de golo, quando, de livre, chutou para uma defesa difícil de Nilson, devido à trajectória traiçoeira da bola. Destaque ainda para algum nervosismo, dado que mal recebe a bola, remata. O campeonato português não é como o campeonato argentino...
Romeu Ribeiro: Teve pouco tempo em campo, mas foi o suficiente para apostar duas vezes no seu remate, tendo um deles resulta numa jogada que podia ter acabado em golo, não fosse Luís Filipe ter-se "atrapalhado".
Luís Filipe: Tentou fazer qualquer coisa de novo no ataque, mas sem grandes consequências. Impressionante a forma como conseguiu falhar um golo quase feito aos 74 minutos, quando fez um chapéu muito largo a Nilson, que não o viu.
Bergessio: Jogou os últimos 10 minutos, onde lutou pela posse da bola com os centrais vimaranenses, mas pouco conseguiu.

Vitória de Guimarães
Nilson: Esteve de um modo geral bem, defendendo as bolas que lhe chegavam. Só não esteve tão bem quando a bola rematada por Romeu Ribeiro desviou num jogador da sua equipa, e Nilson só teve olhos para a bola e, como tal, esqueceu-se de que podia aparecer algum jogador do Benfica, e isso aconteceu mesmo, tendo aparecido Luís Filipe. Destaque ainda para dois golpes de rins, um a remate de Cardozo, e outro a remate de Rui Costa, com o auxílio de Geromel.
Andrezinho: Não esteve espectacular, deixando muitas vezes que os jogadores do Benfica passassem por ele sem oferecer muita resistência. Aos 17 minutos, partilhou com Rui Costa a assistência para Nuno Gomes; aos 79 minutos Léo pode centrar facilmente perante a sua passividade (deu-lhe espaço e tempo para decidir o que fazer). Destaque positivo aos 86 minutos quando, a centro de Fajardo, fez o papel de ponta-de-lança e rematou forte, mas ao lado.
Danilo: Esteve bem defensivamente, dizendo "presente" sempre que solicitado; não esteve tão bem quando deixou Nuno Gomes aparecer isolado(18'), nem quando deixou Cardozo antecipar-se no jogo aéreo (34'). E isto passou-se até que o azar lhe bateu à porta e se lesionou com gravidade.
Geromel: Cajuda tem aqui, sem dúvida, um excelente defesa. Aliou à sua altura que lhe valeu supremacia no jogo aéreo, um sem número de cortes e intercepções. A única parte em que não esteve tão bem foi quando chamado a servir de forma jogável os seus companheiros mais adiantados.
Sereno: Defensivamente, esteve igual a si mesmo: sereno. Em termos ofensivos, poucas foram as bolas que conseguiu combinar com Alan, e poucas vezes se viu no ataque com perigo.
Flávio Meireles: Pouco se viu dado que, apesar deter passado um ano no escalão secundário, mantém a sua forma de jogar: cortar e colocar prontamente jogável nas alas ou no meio, demodoa não retardar o cantra-ataque. Até cansou ver a pressão que fez durante todo o jogo.
João Alves: Ajudou a defesa através de vários cortes e intercepções, e, dada a presença de Flávio Meireles, teve ainda tempo para ajudar o seu ataque. Várias foram as vezes que levou a bola desde a defesa até ao ataque, constituindo-se como o elo de ligação entre estes dois sectores.
Fajardo: Visto que tinha atrás de si Flávio Meireles e João Alves, Fajardo foi o elemento mais solto da equipa, dado que foram várias as vezes que se pode ver o ex-Naval 1º de Maio tanto no flanco direito, tanto no flanco esquerdo, nunca deixando de fazer aquilo que bem sabe: passes e fintas no último instante, apoio aos avançados, cruzamentos perigosos (como aos 24 minutos, não fosse o corte de Petit, e aos 86 minutos para remate de Andrezinho), tabelinhas preciosas.
Carlitos: Muito rematador (como aos 4 minutos, após trabalho de Fajardo, que lhe endossou a bola para remate contra um defesa do Benfica, que cortou para canto; na cobrança do livre, bola volta a chegar aos pés de Carlitos, que volta a chutar contra um defesa da equipa da casa), mas muito previsível. Ao início ainda desequilibrou, mas depois os jogadores perceberam o seu truque e cortavam-lhe todas as tentativas de finta. Depois cansou-se, perdeu fulgor e preponderância, e foi naturalmente substituído.
Alan: Esperava-se muito melhor deste jogador, talvez por ter vindo do FC Porto. Pouca bola teve nos pés, também porque poucas vezes a procurou; poucas vezes conseguiu algo de relevante, daí ter sido substituído.
Miljan Mrdakovic: Não fosse Petit, e aos 24 minutos tinha tido certamente uma excelente oportunidade para abrir o marcador. Lutou até à exaustão, mas estava muito sozinho lá na frente.
Ghilas: Pareceu um pouco cansado (talvez devido ao jogo que fez pela sua selecção, aliado às viagens que teve de fazer), e, desse modo, não conseguiu fazer grande coisa. Depois de ter sido uma das principais figuras da sua equipa o ano passado, o argelino entrou, mas não desequilibrou.
Desmarets: Tentou criar espaços, para deste modo receber a bola, o que até conseguiu algumas vezes, se bem que não tenha tirado grandes proveitos daí.
Moreno: Entrou para a defesa devido à lesão de Danilo, mas não se limitou a defender: aos 85 minutos, obrigou Quim a ter de se aplicar, depois de rematar forte e colocado na cobrança de um livre.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Lucílio Baptista
Árbitros assistentes: Sérgio Lacroix, Venâncio Tomé
4º Árbitro: Luís Reforço

Exibição pouco conseguida da equipa de arbitragem, especialmente do árbitro principal, o internacional Lucílio Baptista, que deu más lições ao quarto árbitro Luís Cansado Reforço (nome deveras curioso), que já vai no segundo jogo como quarto árbitro de um jogo de um dos grandes (na jornada passada tinha estado em Alvalade). Uma dualidade de critérios brilhante, que começou logo ao primeiro minuto, após entrada perigosa de Petit (quem mais...) sobre Fajardo, sem amarelo. Quando é que os árbitros se convencem que as decisões, sejam elas mostragem de amarelos, vermelhos, marcação de penalties) são para serem tomadas, qualquer que seja o período do jogo em que as jogadas se desenrolem? Depois tivemos aos 18 minutos novamente Petit na jogada: sacou uma falta numa zona perigosa; na cobrança do livre, Miguel Vítor faz falta sobre Nilson na pequena-área com o auxílio de um braço: Lucílio não marcou nada. Um minuto depois, tivemos aquele remate perigoso de Nuno Gomes, só que Nuno Gomes estava em fora-de-jogo, não assinalado. Aos 21 minutos, obrigou Mrdakovic a sair por ter a camisola rasgada; que eu saiba, os jogadores só são obrigados a sair quando estão a sangrar; resultado: Guimarães tem uma jogada na área do Benfica sem o seu gigante. Aos 25 minutos, Sereno tira a bola a Nélson de forma limpa, marca falta quando Guimarães ia partir para um contra-ataque perigoso. Nova jogada aos 29 minutos: Lucílio Batista assinala (bem) mão na bola a Andrezinho, só que houve um ligeiro problema: foi a pedido de Coentrão, já que nem Lucílio, nem os seus assistentes podiam ver dos seus respectivos lugares. Aos 45+1', fora-de-jogo mal assinalado a Mrdakovic, que daria lugar a uma jogada perigosa (2 do Guimarães contra 2 do Benfica). Para acabar em beleza a primeira parte, deixa o jogo passar para além da hora, tendo tido oportunidades para terminar o jogo durante esse período, já que a bola esteve parada devido à lesão momentânea de Cardozo; mas Lucílio Baptista não apita quando devia, bem pelo contrário; bola sai para canto; deixa que o canto seja marcado (apesar da demora do jogador do Benfica); na cobrança do canto a bola vai para as mãos de Nilson que ia lançar mais um contra-ataque...mas Lucílio apita mal vê a bola nas mãos de Nilson. Na segunda-parte, pudemos assistir a uma dupla de sonho: Coentrão-Lucílio. Logo aos 50 minutos, o ex-Rio Ave simula uma grande-penalidade (onde é que eu já o vi fazer isto?): Lucílio Baptista limita-se a avisá-lo, quando as "novas" regras (que foram tão anunciadas por Vítor Pereira) penso que dizem que simulação=cartão amarelo. 2º round aos 59 minutos, com nova simulação de Fábio Coentrão...e o sr. Baptista foi na conversa. Como não há duas sem três, aos 62 minutos temos uma nova simulação por parte de Coentrão, numa zona perigosa à entrada da área, após um corte limpo da defensiva vimaranense. Pena que Coentrão tenha sido substituído... De modo a não ser esquecido, Lucílio Baptista, ainda não satisfeito, marcou uma falta aos 90 minutos sobre Romeu Ribeiro, quando este perdeu a bola (mais uma vez sem falta), numa boa zona para um livre directo; como se não bastasse, colocou a barreira uns metros para além do que é estipulado pelos regulamentos (e que agora podemos controlar pela televisão). Depois admiram-se que não haja um árbitro português nos mundiais e europeus...