sábado, 15 de setembro de 2007

Benfica vs. Naval, 3-0


2ª goleada seguida
Depois do Nacional, desta vez foi a Naval que levou chapa 3. O jogo correu de feição aos pupilos de Camacho, já que tiveram sorte em não sofrer nenhum golos nos primeiros vinte minutos, período em que a Naval esteve claramente superior, e mal conseguiram quebrar esse ímpeto navalista, marcaram o primeiro golo e partiram para uma goleada fácil, perante um adversário frágil; e a goleada podia ter sido maior, não tivesse o Benfica tirado o pé do acelerador. O único aspecto em que o Benfica não teve sorte foi a lesão de Petit, que estará fora dos relvados por 6/8 semanas, muito provavelmente.

A Naval revelou-se uma equipa inconstante e mal organizada. Nos primeiros 20 minutos de jogo e após o 3º golo do Benfica (ou seja, quando os jogadores da casa começaram a descansar) ainda tivemos algumas jogadas de relevo por parte da Naval, se bem que com pouco perigo. Após o 1º golo do Benfica, a Naval subiu no relvado e abriu muitos espaços, e assim foi fácil ao Benfica marcar mais um...e ainda mais um, e, assim, sentenciar a partida.

O Benfica ganhou mas não teve um grande teste, já que a Naval, ou melhora muito, ou está mesmo condenada a descer ou, pelo menos, a lutar pela manutenção. Destaque, claro está, para a fantástica jogada da equipa do Benfica aquando do golo de Rui Costa e, claro está, para a finalização de Rui Costa. Se alguém tinha dúvidas...ele ainda anda aí para as curvas.

Benfica
Equipa titular
12-Quim
2-Luís Filipe
8-Katsouranis
3-Edcarlos
5-Léo
6-Petit
14-Maxi Pereira
26-Rodríguez
10-Rui Costa
20-Di María
21-Nuno Gomes (cap.)

Suplentes
24-Butt
28-Miguel Vítor
32-Romeu Ribeiro
25-Nuno Assis
16-Fábio Coentrão
19-Bergessio
7-Cardozo

Substituições
77'-Entrou Romeu Ribeiro, saiu Petit
79'-Entrou Fábio Coentrão, saiu Di María
84'-Entrou Nuno Assis, saiu Rodríguez

Naval
Equipa titular
1-Taborda (cap.)
28-Mário Sérgio
3-Paulão
33-Gaúcho
6-China
25-Godemèche
14-Delfim
23-Davide
17-João Ribeiro
15-Wandeir
9-Elivelton

Suplentes
21-Rodrigo Café
66-Diego Ângelo
13-Igor
10-Dudu
22-Hugo Santos
20-Marcelinho
27-Saulo

Substituições
Intervalo-Entrou Saulo, saiu Wandeir
70'-Entrou Rodrigo Café, saiu Taborda (passando China a capitão)
71'-Entrou Hugo Santos, saiu Godemèche

Disciplina
31'-Di María (A)
37'-China (A)

Golos
1-0, Rodríguez (23')
2-0, Rui Costa (35')
3-0, Nuno Gomes (52')

Destaques
Benfica
Rui Costa: Voltou a marcar, e desta vez não foi de longe, mas foi igualmente um belo golo, talvez ainda melhor que os outros que já marcou esta época. Além disso, fez os seus habituais passes de ruptura certeiros, e esteve ainda na jogada do 3º golo da equipa da casa.
Rodríguez: Estrou-se a marcar pela sua nova equipa, mas não se ficou por aí. Após receber o passe de Rui Costa, meteu na cabeça de Nuno Gomes, que fez o 3-0. Já vai mostrando um bom entrosamento com a restante equipa.

Naval
Delfim: Não teve uma fantástica, mas dentro da equipa navalista, foi dos poucos que se destacou. Cortou muitas bolas, funcionando muitas vezes como um quinto defesa. Além disso, subiu algumas vezes e tentou ainda a sorte, apostando no seu conhecido remate forte, se bem que sem sucesso.
João Ribeiro: Exibição positiva e prometedora deste jovem jogador da Naval, que subiu de rendimento com o decorrer do jogo. Foi o mais inconformado, apostando várias vezes em jogadas rápidas pelas alas, e foi o mais rematador da equipa.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Rui Silva
Árbitros assistentes: Vítor Carvalho e Álvaro Mesquita
4º Árbitro: Cosme Machado

O jogo foi fácil de dirigir, e ao contrário de outros árbitros não o complicou. E mesmo quando não foi tão fácil, ajuizou praticamente sempre bem, isto é, nas jogadas em que os jogadores do Benfica ficaram a pedir penalty (Di María aos 12 minutos e Petit aos 29'), ajuizou bem ao considerar que não houve nada para tal. A única falha foi um amarelo que ficou por mostrar ao uruguaio Maxi Pereira, numa entrada perigosa com os pés sobre China.

FC Porto vs. Marítimo, 1-0


Duelo de líderes

Se bem que se tratem ainda das primeiras jornadas, a principal surpresa deste início de campeonato, o Marítimo, deslocou-se ao estádio do Dragão na situação de líder do campeonato em igualdade pontual com o FC Porto, mas em vantagem em diferença de golos. No entanto, saiu de lá com outro estatuto, devido à derrota sofrida. A pequena diferença no resultado mostra-nos o que se passou neste jogo, já que se tratou de um jogo equilibrado, principalmente, porque o FC Porto assim o deixou, já que não lhes interessava haver esforços em excesso, pois as jornadas europeias estão aí à porta. E assim, quase que se esqueceram as importantes ausências de Makukula (castigado) e de Ricardo Esteves (lesionado), devido a este esforço não exagerado do FC Porto, que também alternou com alguns momentos em que o relaxamento foi excessivo e permitiu jogadas algo perigosas do lado maritimista, principalmente em contra-ataque, e, com menor frequência, em ataque continuado (no final do jogo).

Deve-se também dizer que além desse pressing q.b. do FC Porto, houve também um aspecto importante: o Marítimo esteve bem organizado em todos os sectores do campo, e deu pouco espaço ao FC Porto, o que quer dizer que não foi fácil à equipa portista inaugurar o marcador, bem como criar oportunidades de perigo em abundância. Quanto ao Marítimo, viu-se nos primeiros minutos de jogo que o principal objectivo deles era defender bem e contra-atacar rapidamente, mas sempre sem correr grandes riscos. Depois do golo do FC Porto tiveram de atacar mais, mas nunca de forma muito perigosa, excepção feita ao remate de Kanu aos 78 minutos para defesa apertada de Nuno.

Quero com isto dizer que acabou por ser um jogo equilibrado, em que o FC Porto acabou por ser um justo vencedor porque marcou um golo e esteve mais próximo do golo noutras jogadas, isto apesar de ter enfrentado uma equipa que foi bem reforçada, que esteve bem organizada em campo e que é uma forte candidata a ocupar uma das vagas da Taça UEFA ou, quem sabe, da Liga dos Campeões, embora esta ideia seja, claro está, remota...a não ser que continuem a jogar e a ganhar como têm vindo a fazer.


FC Porto
Equipa titular
33-Nuno
12-Bosingwa
14-João Paulo
2-Bruno Alves
5-Cech
6-Paulo Assunção
16-Raúl Meireles
8-Lucho González
17-Tarik
7-Quaresma
9-Lisandro

Suplentes
24-Ventura
4-Stepanov
18-Bolatti
20-Leandro Lima
11-Mariano González
19-Farías
29-Edgar

Substituições
Intervalo-Entrou Farías, saiu Tarik
70'-Entrou Leandro Lima, saiu Raúl Meireles
90+2'-Entrou Bolatti, saiu Paulo Assunção

Marítimo
Equipa titular
26-Marcos
21-Briguel
3-Ediglê
4-Van der Linden
6-Evaldo
10-Bruno
13-Olberdam
28-Marcinho
81-Fábio Felício
7-Kanu
8-Mossoró

Suplentes
1-Marcelo Boeck
5-Edder Pérez
17-Gregory
15-Wênio
54-Sidnei
18-Luís Olim
16-Bruno Fogaça

Substituições
77'-Entrou Bruno Fogaça, saiu Marcinho
88'-Entrou Edder Pérez, saiu Fábio Felício

Disciplina
19'-João Paulo (A)
34'-Olberdam (A)
58'-Fábio Felício (A)
67'-Quaresma (A)

Golos
1-0, Lisandro (56')

Destaques
FC Porto
Cech: Esteve, como costuma estar, certinho a defender, e ainda foi lá à frente algumas vezes, mesmo tendo Quaresma no seu lado. Além disso, fica nos registos o seu cruzamento milimétrico para a cabeçada vitoriosa de Lisandro.
Lisandro: Jogou mais uma vez numa posição novo para ele enquanto jogador do FC Porto, mas que já havia desempenhado enquanto jogou na Argentina. Marcou o golo, após algumas tentativas anteriores.

Marítimo
Briguel: Travou (e quase anulou) Quaresma, o que é difícil, e ainda conseguiu uma ou outra vez apoiar o ataque.
Kanu: Tentou fazer qualquer coisa lá à frente, tendo corrido muito e pressionou ainda mais os defesas portistas. Chegou a incomodar aos 54 (Bruno Alves fez um mau atraso para Nuno, tendo a bola ficado à mercê de Kanu) e aos 78 minutos (remate ao canto, para excelente defesa de Nuno).

Equipa de arbitragem

Árbitro Principal: Lucílio Baptista
Árbitros assistentes: Venâncio Tomé e Paulo Ramos
4º árbitro: Nuno Roque

Teve um jogo perfeito para fazer uma primeira arbitragem sem erros...mas parece que isso nunca vai acontecer. A habitual dualidade de critério esteve lá: aos 3 minutos, Paulo Assunção teve uma entrada perigosa, mas como era apenas o 3º minuto de jogo, apenas marcou falta; aos 17 minutos, outra falta de Paulo Assunção a travar contra-ataque (onde é que eu já vi isto?), e o árbitro diz que é a segunda veze...nada de amarelos; aos 19 minutos, jogada idêntica de João Paulo, e aí já houve amarelo; 26 minutos, tempo para uma valente cacetada de Bosingwa sobre Fábio Felício, para mais uma não admoestação por parte do árbitro.
A atitude de protecção dos árbitros portugueses às "faltas" cometidas sobre Quaresma também marcou presença, como, por exemplo, aos 50 minutos, quando Quaresma meteu a bola para um lado e foi em frente contra Quaresma, e o árbitro marcou falta. Vai-se tornando um hábito a quantidade de vezes que vemos Quaresma no chão, a protestar supostas faltas, e isso já se via no ano passado (lembro-me do jogo contra o Chelsea), tendo-se acentuado este ano; e se Quaresma tiver o apoio dos árbitros (como vem tendo), esta situação vai-se agravando.
E a mudança de opinião devido à pressão do público não poderia faltar. Chegou tarde (90 minutos), mas chegou: numa altura em que o Marítimo ia fazendo pela vida, o árbitro, que estava mais próximo da jogada, diz (e bem, já que foi Bosingwa o último a tocar) canto; o árbitro assistente, que está mais longe, diz que é pontapé de baliza; pressão do público e...pontapé de baliza.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Convocatória da Selecção Sub-20




A lista de convocados da selecção sub-20, dirigida por António Violante, já foi divulgada, sendo que esta convocatória tem em vista um mini-estágio entre os dias 17 e 19 de Setembro:

Académica: Luis Carneiro (Licá) e Pedro Ribeiro;
Belenenses: Carlos Alves;
Boavista: Ivan Santos;
Casa Pia: Pedro Santos;
FC Porto: André Castro e Rui Pedro;
Mafra: Marco Pinto;
Maria da Fonte: Orlando Sá;
Marítimo: Carlos Freitas e João Diogo;
Olhanense: Daniel Carriço e João Martins;
Olivais e Moscavide: Nuno Ferreira;
Padroense: Ruben Saldanha;
Ribeirão: Bura, Jorge Monteiro e Pedro Trigueira;
Sporting de Braga: Vitor Hugo;
Trofense: Fábio Paim;
Valencia: Yago Fernandez;
Varzim: André Monteiro, Daniel Candeias e Yazalde;
Vitória de Setúbal: Luis Portela.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Portugal vs. Sérvia, 1-1


Scolari...resolve

O problema é que não resolve da mesma forma que o seu compatriota e jogador do Sporting. Golo da Sérvia em fora-de-jogo, árbitro apitou antes do tempo..O que é certo é que o jogo da nossa selecção não foi nada bom! O golo que marcámos cedo de bola parada (Simão) caiu-nos do céu, e, após o golo limitámo-nos a recuar e a defender. Ainda tivemos uma bola ao poste por Nuno Gomes, e uma ou outra jogada, mas nada de realce. Entretanto, a selecção sérvia foi aparecendo e criando perigo, de modo que o golo tardio, se bem que em fora-de-jogo, já se adivinhava, pois, minutos antes, Žigić ia marcando...
Do jogo não há muito mais a dizer. Passemos então à principal figura do jogo: o nosso treinador (não de bancada), que, durante o jogo, quando foi filmado, revelou tiques de nervosismo.


Não vou dizer que se antevia o que se passou porque não tenho por hábito prevêr o futuro (infelizmente) nem vou fazer a figura de algumas pessoas que dizem que tal coisa já se adivinhava depois de esta se ter concretizado. O que eu digo, é que eu vi nervosismo em Scolari, e já o tinha visto no jogo com a Polónia, principalmente no final do jogo. Também é certo que nunca esperava isto vindo de um treinador de futebol, mas às vezes surpreendemo-nos. Ele lá deve ter as suas razões, mas o que é facto é que ele não devia ter feito aquilo, e também não devia, no final do jogo, negar o óbvio e o que foi visto e revisto por todos.
Mais uma questão: se a desculpa para a má exibição e para o recuo no terreno é o objectivo de defender o resultado, então porque é que Scolari, em vez de Quaresma, não colocou Jorge Andrade ou Miguel? Ou será que as substituições já estavam pré-programadas?

Portugal
Equipa titular
1-Ricardo
31-Bosingwa
5-Fernando Meira
30-Bruno Alves
8-Petit
18-Maniche
20-Deco
11-Simão
17-Cristiano Ronaldo (sub-cap.)
21-Nuno Gomes (cap.)

Suplentes
12-Quim
13-Miguel
4-Jorge Andrade
26-Raúl Meireles
28-João Moutinho
27-Quaresma
26-Hugo Almeida

Substituições
65'-Entrou Quaresma, saiu Nuno Gomes (passando Cristiano Ronaldo a capitão)
76'-Entrou João Moutinho, saiu Deco
83'-Entrou Raúl Meireles, saiu Maniche

Sérvia
Equipa titular
1-Stojković
2-Rukavina
5-Vidić
6-Ivanović
3-Dragutinović
16-Kovačević
21-Zoran Tošić
17-Krasić
22-Kuzmanović
10-Stanković (cap.)
14-Jovanović

Suplentes
12-Avramov
11-Duško Tošić
15-Stepanov
4-Duljaj
8-Lazović
9-Pantelić
19-Žigić

Substituições
62'- Entrou Pantelić, saiu Zoran Tošić
62'-Entrou Žigić, saiu Krasić
70'-Entrou Duljaj, saiu Kuzmanović

Disciplina
36'-Stojković (A)
51'-Dragutinović (A)
59'- Vidić (A)
85'-Petit (A)
Após o final do jogo-Dragutinović (V)

Golos
1-0, Simão (10')
1-1, Ivanović (86')

Destaques
Portugal
Destacar quem? Simão pelo golo? Nuno Gomes pelo remate ao poste? O que é certo, é que o jogo foi tão mau, que nenhum jogador merece destaque.
A não ser o Sargentão...


Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Markus Merk (Alemanha)
Árbitros assistentes:Detlef Scheppe (Alemanha), Peter Henes (Alemanha)
4º Árbitro: Thorsten Kinhöfer (Alemanha)

O golo da Sérvia foi conseguido em posição de fora-de-jogo; deu dois minutos de compensação na segunda-parte, e, apesar da assistência a Vidić, apenas foram cumpridos cerca de 1 minuto e 40 segundos (a meu ver, de modo a evitar expulsões, já que Portugal entendeu que não devia devolver a bola e, nestes últimos segundos de jogo, houve tentativas de entradas duras sobre os jogadores portugueses por parte dos jogadores sérvios de modo a protestar pela não devolução da bola). De resto, esteve bem no capítulo disciplinar, e decidiu praticamente todos os lances bem, com a excepção de alguns, claro.

Convocatória da Selecção Sub-17



Já foi divulgada a lista de convocados do seleccionador nacional de sub-17, Carlos Dinis, com vista aos dois jogos frente à Geórgia: no dia 18 de Setembro (17h) no Estádio Municipal do Cartaxo, e no dia 20 de Setembro (11h) no Campo Chão das Padeiras. Aqui fica a lista:


Benfica: Fábio Pereira e Nelson Oliveira;
Boavista: Ruizinho;
FC Porto: Pedro Branco, Ricardo Cardoso, Ricardo Dias e Rui Caetano;
Manchester United: Evandro;
Penafiel: João Carlos;
Sporting: Alex Zahavi, Cédric Soares, Filipe Paiva, Januário, Luis Almeida, Mário Rui, Nuno Reis e Ruben Luís;
Sporting de Braga: Tiago Gomes;
Vitória de Guimarães: Nandinho e Rafael.

Os Lobos amadores vs. Os Futebolistas profissionais

Já vem um pouco atrasado, mas só agora consegui descobrir um vídeo do hino cantado (e sentido) pelos nossos Lobos, que passam o ano todo despercebidos e que só são falados quando servem para preencher telejornais. Já a selecção nacional de futebol, merece todos os dias destaque, já que cada dia há uma conferência de imprensa (sempre a dizerem a mesma coisa...). Os amadores fazem jogos profissionais e batem-se de forma heróica com equipas mais cotadas, e pouco destaque merecem na capa dos jornais desportivos (A Bola e Record), ou então nem merecem qualquer tipo de destaque na capa (O Jogo)...

O espanhol Camacho e a sua entrevista não podiam ter aparecido na edição do dia seguinte?

E o balneário da selecção nacional de rugby?


Mais uma entrevista que podia ter aparecido na edição do dia seguinte...


Aqui temos a selecção nacional de futebol no jogo da final contra a Grécia, com o estádio cheio de portugueses.





Aqui temos a selecção nacional de râguebi no jogo da fase de grupos contra a Escócia, com o estádio bem preenchido com alguns portugueses pelo meio, principalmente emigrantes.



Penso que vocês são suficientemente inteligentes para fazerem as comparações devidas e chegaram a conclusões.

É por estas e por outras que os novos estádios de Aveiro, Coimbra, Faro/Loulé, Leiria, e muitos outros estão quase sempre vazios: porque como não vendem jornais, estes clubes merecem apenas um espaço reduzido nos nosso jornais e telejornais; como tal, os miúdos mal nascem tornam-se logo adeptos de um dos grandes, ao contrário do que acontece em Inglaterra, por exemplo. Felizmente que ainda há excepções, como o Guimarães e o Leixões.
É claro que o preço dos bilhetes favorece os estádios vazios, mas a paixão (se existir) ultrapassa isso; quando se gosta, nada nos pára...

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Portugal vs. Montenegro, 4-0


Goleada à mais nova selecção do mundo

E Portugal já é líder, em empate pontual com a Inglaterra, mas em vantagem devido à diferença de golos. Depois da vitória na Irlanda, Portugal voltou a defrontar uma equipa que defende com todos os dentes, e que depois de conquistar a bola surge com perigo nas imediações da área adversária através de contra-ataques rápidos. Mas como a forma de jogar dos montenegrinos não era a única parecença com o jogo da última sexta-feira, Portugal conseguiu marcar relativamente cedo na primeira-parte e entrou a matar na segunda-parte, marcando logo nos primeiros minutos (58 minutos, ou seja, 13 minutos da segunda-parte).
De um modo geral, antes do primeiro golo de Portugal, todos os jogadores de Montenegro apareciam quase sempre atrás do seu meio-campo, à excepção do avançado e capitão Jovetić, e, pontualmente, os dois alas/médios interiores (Vujović e Stjepanović). Assim, depois do primeiro golo e até ao intervalo, devido ao avanço da equipa montenegrina, o jogo passou a ser mais equilibrado, tendo a selecção visitante conseguido causar alguns problemas defensiva lusa. Na segunda-parte, já tiveram oportunidades em menor quantidade e em menor perigo, principalmente porque, depois do segundo golo, a selecção montenegrina apercebeu-se que já pouco podia fazer e, assim, tentou evitar uma derrota mais pesada. Destaque para a ausência de um jogador importante na estrutura da selecção sub-21 de Montenegro, e titular no jogo contra a Inglaterra: Simon Vukčević, jogador do Sporting.
Quanto a Portugal, esteve sempre em cima e dominou praticamente todo o jogo. Marcou quatro, mas pelo domínio que exerceu na segunda-parte podia ter marcado muitos mais. Quanto à primeira-parte, Portugal apenas pecou num aspecto: não conseguiu penetrar na densa defesa montenegrina. E isto passou-se até que aos 17 minutos João Moreira pegou na bola, passou por um defesa um pouco em habilidade, mas mais em força, e inaugurou o marcador. A seguir a isso, apenas teve um ligeiro incómodo da selecção adversária até ao intervalo, já que a segunda-parte foi bastante tranquila.
E vai-se confirmando: esta selecção de Rui Caçador e a de José Couceiro...

Portugal
Equipa titular
1-Ricardo Baptista
13-Vasco Fernandes
20-Manuel da Costa
3-Nuno Coelho
5-Antunes
6-Pelé
4-Miguel Veloso
8-Manuel Fernandes (cap.)
7-Vieirinha
10-Paulo Machado
9-João Moreira

Suplentes
12-Rui Patrício
18-Vítor Gomes
15-Gonçalo Brandão
16-João Coimbra
14-Bruno Pereirinha
17-Targino
19-Cícero

Substituições
51'- Entrou Targino, saiu Paulo Machado
73'-Entrou Cícero, saiu João Moreira
79'-Entrou Bruno Pereirinha, saiu Vierinha

Montenegro
Equipa titular
1-Janjušević
2-Božović
19-Kaludjerović
5-Rajović
3-Igumanović
17-Zverotić
22-Tiodorović
20-Fatić
18-Vujović
11-Stjepanović
8-Jovetić (cap.)

Suplentes
12-Radanović
14-Adrović
21-Đurišić
10-Ćetković
15-Bojović
16-Jovanović
9-Milić

Substituições
65-Entrou Milić, saiu Tiodorović
68-Entrou Đurišić, saiu Stjepanović
68-Entrou Jovanović, saiu Vujović

Disciplina
11'-Vujović (A)
28'-Pelé (A)
35'-Rajović (A)
44'-Zverotić (A)
87'-Božović (A)

Golos
1-0, João Moreira (17')
2-0, Nuno Coelho (58')
3-0, Manuel Fernandes (66')
4-0, Manuel Fernandes (88')

Destaques
Portugal
Manuel Fernandes: Marcou dois e, apesar do segundo ter sido marcado com alguma sorte, mereceu totalmente essa sorte pelo que fez durante todo o jogo: ia marcando outro aos 48 minutos, a passe de Vieirinha; rematou muitas vezes; assumiu a liderança do jogo português muitas vezes; fez vários passes de ruptura (como aos 88 minutos a desmarcar Targino); cruzou com perigo (44 minutos, para Manuel da Costa). Como tal, foi o homem do jogo.
Vieirinha: Não marcou, mas merecia, dada a quantidade de vezes que esteve bem na ala a fintar os "ić's" que lhe apareciam à frente. Aos 7' e aos 16' meteu com perigo para João Moreira; 32' foi altura para um remate forte e perigoso para defesa do guarda-redes; aos 48' assistiu Manuel Fernandes, que rematou ao lado; e aos 66' fez o cruzamento para o golo de Manuel Fernandes.
João Moreira: Enquanto esteve em campo, e principalmente na primeira-parte, foi um dos elementos que mais pressionou os defesas montenegrinos, funcionando como o primeiro defesa da nossa selecção. Além disso, marcou um golo pela segunda vez consecutiva, e teve ainda outras oportunidades (como aos 7 e aos 16 minutos).

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Jan Jilek (República Checa)
Árbitros assistentes: Miroslav Zlamal (República Checa), Josef Kosec (República Checa)
4º Árbitro: Radec Prihoda (República Checa)

Mais uma boa exibição de um árbitro estrangeiro. Esteve bem no capítulo disciplinar, e conseguiu controlar um jogo que não foi difícil de dirigir, também porque assim o permitiu.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Espanha vs. Nigéria, 0-0 (após prolongamento); 0-3 grandes penalidades

E a Nigéria é a nova campeã do mundo de sub-17

Tenham eles menos de 17 anos ou não, a verdade é que eles ganharam. De realçar o facto de apenas dois dos jogadores da selecção nigeriana jogarem fora do seu país: um em Portugal, no Sporting (Rabiu Ibrahim), e outro no Benim, no AS Porto Novo (Azeez Balogun). O mais provável é que após este mundial essa situação seja alterada, e aí aparece logo o avançado desta equipa e melhor marcador do torneio, Chrisantus (7 golos). Na final, esta equipa africana enfrentou a selecção espanhola, que se viu privada daquele que é talvez o seu melhor jogador: Bojan Krikić, avançado que já treina com a equipa principal do Barcelona, e que até já marcou com a camisola blaugrana (jogo particular contra o Al Ahly de Manuel José), mas que não jogou na final porque na meia-final marcou um golo aos 116 minutos, e levou o segundo amarelo aos 120+1 minutos! Não tinham o jovem de ascendência sérvia, mas tinham Fran Mérida, médio ofensivo que foi resgatado ao Barcelona pelo Arsenal, tal como aconteceu com Cesc Fabregas.

A grande figura da final foi talvez o guarda-redes nigeriano, Oladele Ajiboye, que defendeu dois dos três penalties falhados pela selecção espanhola, já que um deles foi ao lado. Quer isto dizer que a selecção espanhola falhou todos os seus penalties (Illarramendi, Mérida, Iago), e a selecção nigeriana marcou todos os seus penalties (Edile, Joshua, Oseni).

Como tal, parabéns à equipa nigeriana, em especial ao Rabiu Ibrahim que, se tudo correr bem, em breve estará a jogar nos principais palcos portugueses. Aqui fica a lista dos jogadores campeões pela Nigéria:


1-Laide Okanlawon (Crystal FC)
2-Ganiyu Oseni (Prime)
3-Usman Amodu (Abuja)
4-Azeez Balogun (AS Porto Novo (Benim))
5-Kingsley Udoh (Crystal FC)
6-Daniel Joshua (Niger Tornadoes)
7-King Osanga (Akwa United)
8-Kabiru Akinsola (sem clube)
9-Macauley Chrisantus (Abuja)
10-Rabiu Ibrahim (Sporting)
11-Matthew Edile (Weekend Soccer Academy)
12-Oladele Ajiboye (Prime)
13-Yakubu Alfa (Niger Tornadoes)
14-Lukman Abdulkarim (Moderate Stars Academy)
15-Sheriff Isa (Sultan Atiku Secondary School)
16-Mustapha Ibrahim (Dan Amadu Academy)
17-Uremu Egbeta (NPA Warri)
18-Ademola Rafeal (Westor Academy)
19-Saheed Fabiyi (Sumal FC)
20-Lukman Haruna (Moderate Stars Academy)
21-Uche Okafor (Kaduna United)

Treinador: Tella Yemi (Nigéria)



O melhor jogador do torneio foi o Toni Kroos (Alemanha) jovem médio do Bayern München, que ganhou também a Bola de Bronze (em conjunto com Bojan Krikić), já que marcou cinco golos neste torneio. A Bola de Prata, por sua vez, foi para o ganês Ransford Osei, jogador da equipa ganesa Kessben. Recorde-se que na atribuição do 3º e 4º lugares, a Alemanha ganhou 2-1 ao Gana.

Só para terminar, gostaria de referir uma coisa: no jornal da RTP N, que é o canal de notícias do "nosso" canal público, e no jornal da SIC Notícias não ouvi uma única vez referido o nome de Rabiu Ibrahim, nem o facto de ele jogar no Sporting. Também nos jornais desportivos, aquando da publicação de notícias relativamente ao resultado da final, nem uma referência ao facto de um júnio com idade de juvenil do Sporting ter sido campeão mundial de sub-17.

domingo, 9 de setembro de 2007

Escócia vs. Portugal, 56-10



Os Lobos

Este blog é especialmente virado para o futebol, mas também há espaço para outras modalidades, quando isso for caso. Como tal, a nossa brava selecção amadora de rugby merece destaque pelo jogo que efectuou contra uma equipa claramente favorita, a Escócia, no qual conseguiu ainda fazer um ensaio, por Pedro Carvalho, mais os dois pontos do pontapé de conversão, por Duarte Cardoso Pinto, e um pontapé de penalidade (3 pontos), também por Duarte Cardoso Pinto. Destaque ainda para o facto de o homem do jogo ter sido um português, mais propriamente o capitão Vasco Uva, jogador do Direito. Impressionante também a forma como foi cantado o nosso hino: com paixão (nunca vi isso na nossa selecção de futebol, será por serem profissionais? Ou será por nem todos serem portugueses?). Os neo-zelandeses têm o Haka, nos temos "A Portuguesa"!

sábado, 8 de setembro de 2007

Portugal vs. Polónia, 2-2


Empate tardio e injusto


Depois de termos perdido aquando da nossa deslocação à Polónia, desta vez, em casa, conseguimos melhor, ao empatarmos a duas bolas com a primeira classificada do nosso grupo de qualificação. Esta é, claro está, uma visão positiva do jogo que a nossa selecção disputou frente à Polónia. Se formos a ver o que se passou dentro do campo, a nossa selecção até dominou o jogo, teve maior posse de bola, mais remates, mas quase nunca foi com grande perigo, e aí temos que tirar o chapéu à Polónia e ao seu experiente seleccionador, Leo Beenhakker.
Quanto à Polónia, apostou no chamado futebol cínico, isto é, ter como principal objectivo defender e não sofrer golos, para depois, quando possível, apostar em contra-ataques rápidos. E foi através desse tipo de jogadas que a selecção polaca nos marcou os dois golos, e criou ainda uma oportunidade muito perigosa aos 33 minutos, quando Fernando Meira e Bruno Alves ficam a olhar um para o outro e deixam Smolarek sozinho, apenas com Ricardo à sua frente, e, para nossa felicidade, chutou um tudo nada ao lado.
Quanto aos golos polacos, no primeiro, há um primeiro bom remate de Błaszczykowski, ao qual Ricardo faz uma boa defesa, mas não tem apoio da defensiva portuguesa (neste caso, o jogador que estava mais perto (e que ocupa aquela posição) e que demorou muito a reagir foi Bruno Alves). No segundo, há manifesto azar, já que há um remate de Krzynówek que encontra a oposição do poste direito da baliza defendida por Ricardo, e, depois, encontra...as costas de Ricardo e entra. Culpas para a defesa de Portugal, que deixou o capitão polaco chutar sem qualquer oposição, em especial para Bruno Alves, já que, depois do remate ter sido feito, a bola passou à sua frente e ele nem se esticou para tentar desviar a bola da baliza; ao contrário de, por exemplo, Caneira que, numa outra jogada perigosa para os lados polacos, por volta dos 11 minutos, na qual aparece um jogador polaco sozinho à entrada da área, fez um último esforço para assim puder fazer oposição ao remate de Krzynówek.
Faltavam apenas 3 minutos (sem contar com as compensações) para Portugal garantir 3 preciosos pontos...

Para finalizar, apenas uma nota: quando o Ricardo estava no Sporting os jornalistas bem o tentaram enterrar (e, com a ajuda de Peseiro, até conseguiram, quando ele chegou a suplente do Sporting, por pressão exterior); agora ele está no Real Betis como nós sabemos e, mesmo assim, ainda o tentam enterrar. Então não é que há um jornal desportivo que atribui o segundo golo da Polónia a Ricardo? Noutro jornal, dizem que Ricardo tinha obrigação de defender aquela bola; só faço uma pergunta a esse jornalista: alguma vez jogou futebol? E era a guarda-redes? Se sim, devia saber que uma bola daquelas, rematada à entrada da área com tanta força e tão colocada, é muito difícil de se defender. Se Ricardo não se tem lançado, e se a bola tem entrado, aí também refilavam. Como se não bastasse, no primeiro golo dizem que Ricardo defendeu para a frente. Será que eles sabem o que é frente e lado? É muito simples: se considerarmos a baliza como Norte, Ricardo defendeu para Sudeste, ou seja, não foi para a frente. Deixem-se disso, e defendam os nossos!

Portugal
Equipa titular
1-Ricardo
31-Bosingwa
5-Fernando Meira
30-Bruno Alves
3-Caneira
8-Petit
18-Maniche
20-Deco
11-Simão
17-Cristiano Ronaldo (sub-cap.)
21-Nuno Gomes (cap.)

Suplentes
12-Quim
13-Miguel
4-Jorge Andrade
28-João Moutinho
19-Tiago
27-Quaresma
32-Nani

Substituições
12'-Entrou Miguel, saiu Caneira
68'-Entrou Quaresma, saiu Nuno Gomes (passando Cristiano Ronaldo a capitão)
80'-Entrou João Moutinho, saiu Simão

Polónia
Equipa titular
1-Boruc
13-Wasilewski
14-Żewłakow
2-Jop
3-Bronowicki
5-Dudka
18-Lewandowski
8-Krzynówek (cap.)
16-Błaszczykowski
7-Smolarek
9-Żurawski

Suplentes
12-Kuszczak
17-Głowacki
4-Golański
6-Sobolewski
15-Łobodziński
10-Saganowski
11-Matusiak

Substituições
55'-Entrou Golański, saiu Bronowicki
55'-Entrou Matusiak, saiu Żurawski
73'-Entrou Łobodziński, saiu Smolarek

Disciplina
20'-Boruc (A)
29'-Wasilewski (A)
38'-Bronowicki (A)

Golos
0-1, Lewandowski (43')
1-1, Maniche (49')
2-1, Cristiano Ronaldo (73')
2-2, Krzynówek (87')

Destaques
Portugal
Maniche: No seu regresso à selecção AA, Maniche fez um golo. E ao golo juntou vários passes de ruptura, várias intercepções, várias recuperações de bola, funcionando como o elemento de ligação entre os jogadores mais defensivos e os mais ofensivos.
Cristiano Ronaldo: Enquanto jogo a extremo, fez vários dribles, cruzamentos e diagonais, rematou com violência aos 27 minutos, tendo a bola embatido com muita força na trave; e quando se mudou para a posição de avançado, jogou igualmente bem, tendo sido inclusivamente nessa posição que marcou o segundo golo de Portugal. Li e ouvi que não esteve muito bem: primeiro ponto-esteve nas principais jogadas de perigo de Portugal; segundo ponto-quarta-feira tem um novo jogo.
Quaresma: Veio dar outro ânimo à ala portuguesa, e apesar de só ter jogado cerca de 20 minutos, conseguiu fazer dois cruzamentos perigosos para a área polaca, tendo o primeiro resultado num golo, e o segundo num cabeceamento por cima de Cristiano Ronaldo.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Roberto Rosetti (Itália)
Árbitros assistentes: Alessandro Griselli (Itália), Paolo Calcagno (Itália)
4º árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)

Uma exibição tranquila, tal como aconteceu no jogo dos sub-21. Ao contrário dos árbitros portugueses, os outros árbitros não querem ser protagonistas dos jogos. Só falhou talvez num aspecto (e ainda bem para nós): o disciplinar, já que alguns jogadores portugueses arriscaram em demasia (Petit, por exemplo).

República da Irlanda vs. Portugal, 0-2


Início feliz e prometedor

A selecção portuguesa de sub-21 estreou-se na fase de qualificação para o Euro 2009 na Suécia da melhor forma, ao derrotar a República da Irlanda por duas bolas sem resposta, em terras irlandesas. O golo madrugador por parte de Paulo Machado (de cabeça!) veio facilitar um jogo em que se esperava que Portugal confirma-se o estatuto de favorito. O nosso selecionador falou numa República da Irlanda forte nos primeiros instantes do jogo, mas isso viu-se do outro lado. Isto porque, depois de no resto da primeira-parte Portugal ter dominado o jogo a seu belo prazer, voltou a entrar a matar na segunda parte com um belo golo de Miguel Veloso, depois de uma excelente jogada de João Moreira pelo flanco direito, que meteu para Miguel Veloso, que recebeu com o pé esquerdo, fintou um jogador irlandês, e rematou com o pé esquerdo.
Depois, assistimos a mais do mesmo: Portugal a dominar sem grande esforço. E isto passou-se até aos últimos 15 minutos, altura em que, com novas caras, a equipa da casa passou a ser mais perigosa e mais atacante. Mas o nosso treinador tinha uma arma na manga para acalmar os irlandeses: fazer substituições. E conseguiu...


República da Irlanda
Equipa titular
1-Randolph
2-Nolan
4-Keogh
5-O'Dea (cap.)
3-O'Halloran
6-Cregg
7-Gleesson
8-Quinn
10-O'Brien
11-Clarke
9-Rooney

Suplentes
16-Quigley
12-Powell
13-Dennehy
14-Collins
17-McFaul
14-Garvan
18-Sammon

Substituições
Intervalo-Entrou Garvan, saiu Cregg
68'-Entrou Collins, saiu Gleesson
73'-Entrou Sammon, saiu Rooney

Portugal
Equipa titular
1-Ricardo Batista
13-Vasco Fernandes
20-Manuel da Costa
3-Nuno Coelho
5-Antunes
6-Pelé
4-Miguel Veloso
8-Manuel Fernandes (cap.)
7-Vieirinha
10-Paulo Machado
9-João Moreira
Suplentes
12-Rui Patrício
18-Vítor Gomes
15-Gonçalo Brandão
16-João Coimbra
14-Bruno Pereirinha
11-Hélder Barbosa
19-Cícero
Substituições
81'-Entrou Hélder Barbosa, saiu Paulo Machado
85'-Entrou João Coimbra, saiu Miguel Veloso
89'-Entrou Cícero, saiu João Moreira

Disciplina
9'-Clarke (A)
62'-Vasco Fernandes (A)
83'-Keogh (A)
83'-Manuel da Costa (A)
90+2'-João Coimbra (A)

Golos
0-1, Paulo Machado (4')
0-2, Miguel Veloso (54')

Destaques
Portugal
Pelé: Depois de uma boa campanha ao serviço da selecção sb-20 no mundial do Canadá, e depois da motivante tranferência para o (bi-)campeão italiano (Internazionale), Pelé confirmou na selecção sub-21 todos os seus atributos. Actuando um pouco mais recuado do que Miguel Veloso, Pelé destacou-se principalmente a nível defensivo, cortando quase tudo, e estando em praticamente todo o lado.
Miguel Veloso: É um defesa/médio claramente ofensivo, e vê-se que joga melhor (e até marca) quando não tem tantas obrigações defensivas. Tivesse o Sporting um médio-defensivo de qualidade suficiente para ser titular, e Miguel Veloso jogava como jogou hoje, mais solto, já que tinha Pelé um pouco mais atrás de si (no Sporting seria a médio-interior esquerdo, posição que já fez no Olivais e Moscavide). A juntar ao golo, mais alguns remates perigosos de longe e várias aberturas, tal como já nos habituou.
João Moreira: Foi decisivo, já que aos 4 minutos foi dele o cruzamento para o golo de Paulo Machado, e aos 54 minutos fez uma boa jogada pela ala direita do ataque de Portugal, tendo depois passado para Miguel Veloso, que fintou um adversário e chutou para o segundo golo. Além de ter estado presente nos dois golos da equipa, João Moreira mostou muita força e muita raça, nunca virando a cara à luta.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Manuel Grafe (Alemanha)
Árbitros assistentes: Detlef Scheppe (Alemanha), Frank Willenborg (Alemanha)
4º Árbitro: Peter Gagelmann (Alemanha)

Não há muito a dizer, já que o árbitro esteve bem durante todo o jogo. Apesar de ter sido um jogo fácil para o árbitro (sem lances de decisão difícil, sem ser o lance da simulação de penalty por parte de Clarke aos 9 minutos), quem dera aos árbitros portugueses ter uma exibição destas...

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Sorteio da 3ª Eliminatória da Carlsberg Cup




Já são conhecidos os jogos referentes à 3ª Eliminatória da Carlsberg Cup, que serão realizados a uma só mão no dia 26 de Setembro. Eis a lista completa:



Fátima vs. FC Porto

Estrela da Amadora vs. Benfica

Penafiel vs. Nacional

Leixões vs. União de Leiria

Portimonense vs. Belenenses

Beira-Mar vs. Paços de Ferreira

Vitória de Setúbal vs. Sporting de Braga

Vitória de Guimarães vs. Sporting

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti


Luciano Pavarotti

Morreu uma grande voz e uma grande pessoa. Mas vocês se calhar perguntam o que é que faz um grande cantor num blog desportivo? A pergunta é bem feita, e vocês, se ainda não souberem, vão-se espantar com a incrível ligação deste homem ao desporto. Para começar, temos o facto de ele ter praticado vários desportos quando era ainda jovem, principalmente voleibol, devido à sua elevada estatura.
Para ajudar, era ainda um adepto fervoroso de futebol, em especial da Juventus, e organizava, sempre que havia um mundial de futebol, desde o mundial de 1990 em Itália, um espectáculo intitulado «Pavarotti and friends», sendo as receitas entregues a instituições de ajuda a crianças que, tal como ele, sofreram com guerras.
Para finalizar esta sua ligação ao mundo do desporto, mais propriamente do futebol, temos as várias mensagens de pesar enviadas, das quais se destacam as da Juventus (para além de ser o seu clube, foi no estádio da Vecchia Signora que Pavarotti fez a sua última aparição), do Modena (clube da cidade em que ele nasceu e morreu), Arrigo Sacchi (ex-treinador do AC Milan e da selecção italiana), Filipo Inzagi (avançado do AC Milan) e Gianluigi Buffon (guarda-redes da Juventus). Também Bono enviou uma mensagem: "alguns cantam ópera, mas Pavarotti era uma ópera".Quer se gostasse do tipo de música cantado por Pavarotti, quer não, toda a gente o conhecia ou, pelo menos, já tinha ouvido falar neste Homem.

Até sempre!

Fernando "Nando" Matola



Fernando "Nando" Matola


Mais um jogador que partiu. Desta vez foi Fernando Matola, jogador moçambicano e capitão dos Black Leopards, equipa sul-africana, que morreu num acidente de viação. Vinha de Joanesburgo para Maputo com a sua família (mulher e dois filhos) para um jogo de qualificação para a African Nations Cup quando o seu carro se despistou e se incendiou, tendo os corpos ficado irreconhecíveis. Era o jogador com mais jogos pela selecção A de Moçambique, e tinha sido considerado o melhor jogador da sua equipa nos últimos dois anos, isto apesar de ser defesa.
Até sempre!

domingo, 2 de setembro de 2007

Nacional vs. Benfica, 0-3


1ª vitória no campeonato na estreia do "novo" estádio

E o Benfica voltou a ganhar, desta vez para o campeonato, e logo na "Choupana", terreno conhecido pelas dificuldades atmosféricas que causa aos jogadores que não estão habituados àquele clima. No entanto, o Nacional que vimos não foi aquele que normalmente em casa cria problemas às equipas visitantes, os três grandes incluídos, se calhar por ter mudado de nome o seu estádio, já que este se chamava Estádio Engenheiro Rui Alves (o saudoso presidente do Nacional, que é tão modesto que até tem o estádio do seu clube com o seu nome...), e agora é o Estádio da Madeira.
Quanto ao jogo propriamente dito, podemos dizer que não foi propriamente um grande jogo. A melhor equipa de sempre do Nacional da Madeira (segundo disse o seu presidente há uns dias) começou o jogo a tentar controlar o resultado e tentar marcar em contra-ataque, tal como fazem a maioria das equipas em Portugal, mas aquele erro de Diego Benaglio veio ditar o nervosismo e o fim de serenidade e tranquilidade para o lado dos madeirenses. Se o jogo à partida já era complicado para a turma de Jokanovic, cometer um erro tão cedo no jogo (logo aos 18 minutos, do qual resultou o golo de Cardozo, depois de Diego Benaglio ter rematado mal a bola na marcação dum pontapé de baliza) veio sentenciar o encontro. E não sofreram mais golos porque não calhou. Até ao intervalo ainda conseguiram manter o jogo mais ou menos equilibrado, mas na segunda-parte, foi um jogo de sentido único.
Do lado do Nacional, apenas três jogadas de destaque: aos 32 minutos, Fellype Gabriel rematou para defesa apertada de Quim, após um mau alívio de Petit; aos 33 minutos, cruzamento de Patacas para remate fraco de Fellype Gabriel; aos 62 minutos, mais um cruzamento de Patacas para remate por cima de Juliano. Dada a disposição táctica (4-4-2 com meio campo em losango), deu para entender que o treinador sérvio preferiu segurar o jogo pelo meio do relvado, em detrimento das alas, deixando-as a cargo dos defesas Patacas e Alonso, o que é manifestamente pouco, já que o Benfica tinha Maximiliano Pereira e Di María nas suas alas, e, se um passa o seu respectivo defesa, não tem mais nenhuma oposição, dado o pouco apoio às alas.
Quanto ao Benfica, foi mais rematador (18, contra 7 do Nacional) e muitos deles até foram perigosos, tendo até os novos reforços, Maximiliano Pereira (78 minutos para defesa apertada de Benaglio) e Cristian Rodríguez (aos 90+3 minutos, remate por cima) feito remates de relevo.
Portanto, vitória justa do Benfica, já que o Nacional foi pouco perigoso na primeira-parte, e foi inoperante na segunda-parte, tendo também revelado falta de entendimento entre os jogadores e, como já disse, falta de serenidade.

Nacional
Equipa titular
1-Diego Benaglio
2-Patacas (cap.)
44-Ricardo Fernandes
4-Ávalos
5-Alonso
6-Cléber
8-Bruno Amaro
10-Juliano
7-Fellype Gabriel
11-Edu Sales
31-Lipatin

Suplentes
12-Bracalli
3-Cardozo
28-João Coimbra
23-Juninho
22-José Vítor
21-Pateiro
18-Cássio

Substituições
Intervalo-Entrou José Vítor, saiu Bruno Amaro
Intervalo-Entrou Cássio, saiu Edu Sales
74'-Entrou Pateiro, saiu Lipatin

Benfica
Equipa titular
12-Quim
2-Luís Filipe
28-Miguel Vítor
8-Katsouranis
5-Léo
6-Petit
10-Rui Costa
14-Maximiliano Pereira
20-Di María
21-Nuno Gomes
7-Cardozo

Suplentes
24-Butt
3-Edcarlos
11-Miguelito
32-Romeu Ribeiro
25-Nuno Assis
26-Cristian Rodríguez
19-Bergessio

Substituições
64'-Entrou Cristian Rodriguéz, saiu Nuno Gomes (passando Petit a capitão)
84'-Entrou Romeu Ribeiro, saiu Di María

Disciplina
24'-Cléber (A)
59'-Miguel Vítor (A)
62'-Katsouranis (A)
76'-Diego Benaglio (A)
90+2'-Romeu Ribeiro (A)

Golos
0-1, Cardozo (18')
0-2, Rui Costa (69')
0-3, Cardozo (77')

Destaques
Nacional
Diego Benaglio: Fez coisas boas, como impedir o avolumar do resultado, mas também fez coisas más, tais como o mau remate para os pés de Cardozo e consequente golo, e a entrada imprudente sobre Maximiliano Pereira, que deu origem ao penalty do segundo golo de Cardozo, que bem lhe pode agradecer.
Patacas: O capitão tinha a forte oposição do jovem e rápido Di María (a idade não perdoa...), mas conseguiu ainda arranjar tempo para ser um dos principais homens ofensivos da turma alvi-negra, tendo conseguido dois cruzamentos que resultaram em jogadas de relativo perigo (aos 33 e aos 62 minutos).
Fellype Gabriel: O mais inconformado da equipa da Choupana; deixou em campo bons apontamentos, tanto ao nível do remate (causou alguns problemas a Quim...), como ao nível técnico.

Benfica
Rui Costa: Quem é que lhe dá aquela idade? Segundo Fernando Santos, não conseguia fazer dois jogos seguidos (entenda-se, um à quarta e depois ao domingo), mas lá se vai aguentando. É um elemento fundamental na estrutura de Camacho, mas será que depois vai acusar este seu desgaste e esta dependência que a equipa tem em si? Destaque naturalmente para o seu golo de belo registo, depois de fintar 3 madeirenses, que veio sentenciar a partida.
Di María: Vai tentando passar de promessa a afirmação, e lá vai desempenhando bem esse papel. Assistência aos 3 minutos para Cardoso; obrigou Benaglio a uma boa defesa aos 17 minutos na marcação dum livre; assistiu Nuno Gomes aos 55 minutos; remate aos 80 minutos para defesa incompleta de Benaglio, para depois Cardozo chutar ao lado.
Cardozo: Conseguiu finalmente marcar um golo, e quis logo repetir esse feito. Teve ainda mais oportunidades para dilatar esse seu registo, mas não o conseguiu fazer.


Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Bruno Paixão
Árbitros assistentes: António Godinho, Paulo Ramos
4ºÁrbitro: Joaquim Lamorosa

Ajuizou bem no lance do penalty sobre Maximiliano Pereira; decidiu de forma incompleta no lance aos 14 minutos, no qual apenas marcou falta e não mostrou amarelo a Katsouranis, depois de este levar a mão à bola; aos 3 minutos, o seu auxiliar não viu o fora-de-jogo de Cardozo; decidiu-se pelo amarelo, que para mim era alaranjado, depois de uma entrada feia de Miguel Vítor (três jogos, três amarelos...); e se calhar Katsouranis merecia outro castigo, depois de aos 62 minutos ter empurrado o árbitro, tentando mostrar o que se tinha passado na jogada que levou o árbitro a apitar falta, mas aquilo não se pode fazer ao árbitro, tem mais 10 colegas de equipa para demonstrar o que quer que seja.

União de Leiria vs. FC Porto, 0-3



Vitória fácil com esforço q.b.


Devido ao jogo do Sporting, e devido à minha ida ao estádio, não pude acompanhar o jogo do FC Porto como queria. No entanto, do que vi e do que li, pareceu-me que o FC Porto não teve que se empenhar muito para levar de vencida a União de Leiria. A União de Leiria poderá queixar-se da falta de tempo de descanso, mas isso não é suficiente: estamos a falar de futebol profissional! E se eles querem ir longe na UEFA Cup, vão ter de se habituar a dois jogos por semana, e não ao adiamento de jogos. É claro que o FC Porto também podia ter facilitado a vida aos leirienses, insistindo também eles no adiamento do jogo, já que, afinal de contas, vamos ter agora uma interrupção.
Depois de uma primeira-parte pouco rápida e com ligeira superioridade do FC Porto, a União de Leiria foi-se abaixo na segunda-parte, talvez por cansaço, e o FC Porto conseguiu impor o seu futebol e carimbar um triunfo fácil, tal como o resultado o demonstra. A ajudar a isso esteve também a lesão do jogador mais perigoso da União durante o tempo que esteve em campo, o camaronês N'Gal, que era o único que ainda conseguia criar algum perigo junto à área portista, muito por culpa do golo que marcou durante a semana em Israel, e que lhe deu bastante confiança. O mais difícil para o FC Porto foi mesmo marcar o 1º golo, situação essa que apenas aconteceu aos 37 minutos, se bem que logo aos 3 já tivesse também acontecido, não fosse o árbitro invalidar esse golo limpo. E foi curiosamente depois desse golo anulado que a União de Leiria criou os seus lances de perigo, como aos 9 um remate de Éder após um canto, uma jogada aos 22 minutos em que N'Gal passou em velocidade por Bruno Alves para depois rematar fácil para Nuno defender, e, por último, aos 27 minutos, em que N'Gal faz um cruzamento desviado por um defesa portista e Sougou cabeceia para Nuno defender pelo sim pelo não para canto. Depois disso, perigo leiriense=0.
Assim, de um modo geral, o FC Porto jogou melhor, criou lances de perigo em maior número e com maior perigo, e, desse modo, foi um justo vencedor.

União de Leiria
Equipa titular
1-Fernando
5-Éder
23-Bruno Miguel
55-Éder Gaúcho
25-Laranjeiro (cap.)
3-Lukasiewicz
15-Faria
66-Tiago
7-N'Gal
18-Sougou
9-Paulo César

Suplentes
33-Rafael
20-Marco Soares
21-Toñito
11-Cadú
14-Alhandra
30-João Paulo
32-Jessui

Substituições
48'-Entrou Cadú, saiu N'Gal
52'-Entrou João Paulo, saiu Lukasiewicz
81'-Entrou Toñito, saiu Faria

FC Porto
Equipa titular
33-Nuno
12-Bosingwa
14-João Paulo
2-Bruno Alves
13-Fucile
6-Paulo Assunção
16-Raúl Meireles
8-Lucho González (cap.)
7-Quaresma
17-Tarik
9-Lisandro

Suplentes
24-Ventura
4-Stepanov
5-Marek Cech
25-Kazmierczak
20-Leandro Lima
11-Mariano
29-Edgar

Substituições
65'-Entrou Mariano, saiu Tarik
68'-Entrou Leandro Lima, saiu Paulo Assunção
74'-Entrou Edgar, saiu Lisandro

Disciplina
32'-Tarik (A)
67'-Faria (A)
76'-Éder Gaúcho (A)
87'-João Paulo (A)
90+3'-Quaresma (A)

Golos
0-1, Tarik (37')
0-2, Lisandro (48')
0-3, João Paulo (65')

Destaques
União de Leiria
Faria: Enquanto teve pernas, defendeu a sua baliza, arriscou algumas vezes no ataque, apoiou a defesa e ainda ajudou Laranjeiro na difícil tarefa de parar Quaresma. Depois rebentou...
Tiago: Foi um dos que mais se esforçou para que o resultado se mantivesse o mais curto possível para os dragões, e foi ainda um jogador importantíssimo na transição defesa-ataque.
N'Gal: Até de se lesionar, foi o mais perigoso da turma da cidade do Lis, motivado pelo golo apontado em Israel. Aos 22' minutos, depois de passar facilmente por Bruno Alves, optou mal pelo remate (fraco) para defesa de Nuno, quando tinha Paulo César em posição previligeada na área; e aos 27' fez um bom cruzamento para defesa pelo seguro de Nuno para canto, a remate de Sougou.

FC Porto
João Paulo: Poucas ou nenhumas foram as bolas que perdeu; passe mal feitos foram poucos; e...marcou um golo, sem festejar, o que é de louvar, já que se tratava da sua ex-equipa.
Raúl Meireles: Foi o elo de ligação entre a defesa e Paulo Assunção, e o ataque e Lucho Gonzaléz. Teve ainda tempo para tentar o remate pelo menos 3 vezes, com relativo perigo (aos 51' minutos, isolado por Lucho, quase marcava (e Fernando quase complicava); mais dois remates aos 53 e 90 minutos).
Tarik: Não fez uma brilhante partida e, segundo o que apurei, não fez nem um cruzamento, o que, tendo em conta que ele é um extremo, revela que foi bem substituído aos 65 minutos. Porém, merece destaque pelo facto de ter marcado (com tempo e espaço, já que os defesas pouco o pressionaram nessa jogada, e estamos a falar de dois jogadores, mais o guarda-redes contra Tarik, numa zona com pouco ângulo), e pelo facto de se ir afirmando senão como um titular, como uma boa alternativa a Lisandro quando Adriano regressar.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: João Vilas Boas
Árbitros assistentes: Alfredo Braga, José Oliveira
4º Árbitro: João Paulo Silva

Esteve mal o árbitro, e estiveram mal os outros 3 árbitros. Anulou mal um golo ao FC Porto aos 3 minutos de jogo, pois Bruno Alves não estava fora-de-jogo; validou mal um golo aos 48 minutos, já que Bruno Alves cruza já a bola fora das linhas. Ajuizou bem aos 32 minutos, já que Raúl Meireles aproveitou o contacto do jogador leiriense para tentar arrancar um penalty. Sendo assim, só faltava o 4º árbitro ter também estado mal, e esteve: aos 90+2 minutos, Quaresma faz uma das suas "fintas", na qual tem um movimento curioso em direcção à canela de Tiago...ali nas barbas do 4º árbitro, que não viu nada, se calhar porque estava já a olhar para as horas e a ver quanto tempo é que lhe faltava para chegar a casa, ou então foi passear até um dos bancos de suplentes. Afinal, só os quartos-árbitros nascidos na Argentina é que têm papel activo nos jogos, já que só estes vêm cabeçadas e afins...

Sporting vs. Belenenses, 1-0



Vitória justa, mas difícil

Regresso a Alvalade, regresso às vitórias. Depois do clássico na última jornada, desta vez foi dia de derby entre o Sporting e o Belenenses, que foi também como que a reedição da última final da Taça de Portugal. E realmente parecia a reedição desse jogo, já que, apesar da mudança de jogadores, o Sporting foi a única equipa que realmente procurou a vitória, enquanto que o Belenenses se preocupou mais em defender o empate e manter a baliza inviolável, para tentar em contra-ataque marcar um golo. Sem dúvida que o Belenenses é uma das equipas mais fortes defensivamente, e isso já vem da passada, como no jogo do Jamor, em que o Sporting também só marcou nos últimos minutos, e também por Liedson curiosamente.
Depois de uma primeira-parte com ligeiro domínio do Sporting, a segunda-parte veio confirmar o domínio do Sporting, que se acentuou nesta segunda-parte, e ainda mais aquando da expulsão de Costinha. O golo surgiu naturalmente, tal foi a inoperância ofensiva do Belenenses na segunda-parte, onde claramente defendeu o resultado. É claro que a expulsão veio condicionar o jogo, principalmente o do Belenenses, mas tenho ideia que mais tarde ou mais cedo o Sporting acabaria por marcar. Aliás, a seguir aos golo, Yannick Djaló teve o golo nos pés, tendo a bola passado um tudo nada ao lado da baliza de Marco Gonçalves, após passe de Liedson.
Do lado do Belenenses, clara aposta nos remates de longe, após jogadas de contra-ataque, tendo uma delas resultado numa bola ao poste, a remate de Ruben Amorim.
Destaque também para o recurso novamente do Sporting ao plano B, ou seja, um 3-1-4-2, com Abel, Polga e Ronny; João Moutinho; Yannick, Romagnoli, Derlei e Vukcevic; Liedson e Purovic. Quer isto dizer que o Sporting acabou a partida com uma equipa bastante ofensiva, e desta vez, ao contrário do que aconteceu na última jornada, teve resultados práticos.

Sporting
Equipa titular
34-Stojkovic
78-Abel
13-Tonel
4-Polga
8-Ronny
24-Miguel Veloso
28-João Moutinho (cap.)
7-Izmailov
30-Romagnoli
11-Derlei
31-Liedson

Suplentes
16-Tiago
26-Gladstone
25-Pereirinha
21-Farnerud
10-Simon Vukcevic
20-Yannick Djaló
9-Purovic

Substituições
57'-Entrou Simon Vukcevic, saiu Miguel Veloso
66'-Entrou Yannick Djaló, saiu Izmailov
66'-Entrou Purovic, saiu Tonel

Belenenses
Equipa titular
73-Costinha
27-Cândico Costa
16-Hugo Alcântara
13-Rolando
4-Rodrigo Alvim
5-Ruben Amorim
6-Gabriel Gómez
77-Fernando
10-Silas (cap.)
11-Zé Pedro
21-Roncatto

Suplentes
1-Marco Gonçalves
2-Amaral
28-Gonçalo Brandão
33-Devic
22-Rafael Bastos
9-João Paulo Oliveira
14-Mendonça

Substituições
53'-Entrou Marco Gonçalves, saiu Zé Pedro
64'-Entrou Rafael Bastos, saiu Silas
83'-Entrou João Paulo Oliveira, saiu Roncatto

Disciplina
51'-Costinha (V)
54'-Cândido Costa (A)
70'-Gabriel Gómez (A)
71'-Fernando (A)
76'-Rafael Bastos (A)
76'-Simon Vukcevic (A)
77'-Marco Gonçalves (A)
79'-Hugo Alcântara (A)
87'-Romagnoli (A)
90+4'-Yannick Djaló (A)

Golos
1-0, Liedson (80')

Destaques
Sporting
Ronny: Melhor defensivamente, apostou também no seu remate forte de longe, como aos 6, aos 56 minutos.
Vukcevic: Veio dar outro dinamismo ao ataque do Sporting, e, principalmente, ao jogo pelas alas. Foi ele o autor do cruzamento milimétrico e pleno de força a pedir o desvio de Liedson para o único golo do jogo.
Liedson: ...resolve. Aos 15 minutos, depois dum canto de Ronny e de um desvio de Derlei ia inaugurando o marcador, não tivesse chegado atrasado; aos 32 minutos iniciou uma jogada colectiva que ia dando golo, não tivesse Izmailov rematado quase à figura de Costinha; aos 51 minutos teve capital importância no lance que deu o penalty falhado por João Moutinho (onde também esteve presente na recarga), depois de receber um passe de Veloso e, a seguir, combinar com Derlei; aos 82' fez um passe de ruptura para Yannick Djaló que ia marcando por centímetros. Depois, no final, fez passes muito longos em jogadas de contra-ataque, impossibilitando o perigo em pelo menos duas jogadas. Porém, isso não chega para lhe retirar o prémio de melhor jogador desta partida.

Belenenses
Hugo Alcântara: Bola para a área, Hugo Alcântara corta. Só com a entrada de Purovic é que passou a sentir mais dificuldades em manter a supremacia em bolas aéreas.
Ruben Amorim: Esteve bem defensivamente, e ainda apoiou o ataque, tendo mesmo rematado uma bola ao poste da baliza de Stojkovic (43'), naquela que foi a principal jogada de perigo da equipa do Restelo. Foi ainda dele o cruzamento logo no primeiro minuto da segunda-parte para Zé Pedro cabecear por cima.
Fernando: Foi uma correria dum lado para o outro deste médio, que ainda rematou 3 vezes à baliza de Stojkovic (14, 23, 27 minutos).

Equipa de arbitragem
Árbitro principal: Carlos Xistra
Árbitros assistentes: José Lima, Pedro Garcia
4º Árbitro: João Capela

Ajuizou bem no lance do penalty, ajuizou bem na questão da expulsão...mas apitou que se fartou. A lei da vantagem ainda não lhe foi apresentada, e, como tal, parou, pelo menos, dois contra-ataques do Sporting (59 e 76 minuto), tendo até num deles o Simon Vukcevic pegado na bola e atirado-a contra o relvado e, como resultado, recebeu um amarelo bem mostrado, mas que não teria existido se o árbitro conhecesse essa regra. O número de amarelos também foi excessivo, se bem que seja curioso que após o golo do Sporting, mais nenhum jogador do Belenenses recebeu um cartão amarelo, já que alguns dos amarelos recebidos pelos jogadores do Belenenses deveram-se a jogadas em que eles tentavam manter o resultado num nulo. Outro lance que merece destaque passou-se aos 45+3 minutos, no qual Silas cortou a bola do domínio de Romagnoli, e esta dirigiu-se para a grande-área, tendo o Costinha deslocado-se para a agarrar. Tratou-se de um lance em tudo idêntico àquele que decidiu o clássico da última jornada, mas dá a ideia de que houve uma ligeira diferença: um foi contra o Sporting, o outro foi a favor. Ou será que cada árbitro tem o seu manual de regras/leis? Concordo sem dúvida com a decisão de Carlos Xistra, já que se tratou de um corte, e não de um passe para o guarda-redes do Belenenses. No entanto, pasmo-me com as declarações de várias pessoas que na jornada passada concordavam com a decisão do árbitro, e agora já dizem outra coisa relativamente a este lance. No estádio de Alvalade, aonde eu me desloquei, a maioria do público protestou neste lance, mas creio que a maioria dessas pessoas concordou com a decisão do árbitro; ou seja, aqueles protestos eram como que uma manifestação de descontentamento para com a decisão de Pedro Proença (e as suas declarações...) na última semana.