sábado, 3 de novembro de 2007

Paços de Ferreira vs. Benfica, 1-2

E que tal resolver mais um jogo nos últimos minutos?

Para os lados da Luz, vai-se tornando um hábito resolver os jogos nos últimos minutos. O problema é que a sorte não dura para sempre, e daqui a uns jogos poderá não acontecer a mesma coisa. Porém, os adeptos do Benfica e os jornais pensam e fazem crer que está tudo bem para a equipa encarnada, e assim vão apontando a palavra crise para outros lados. Gostava de ver se estes golos ao cair do pano não acontecessem se ainda assim se falava em crises noutras paragens.

Quanto ao jogo propriamente dito, o Benfica marcou numa altura em que o jogo estava renhido, com a bola a ser muito disputada pelas duas equipas, principalmente no meio-campo. Contudo, a equipa da Mata Real sentia que conseguia fazer estragos, e o golo do empate surgiu mais cedo do que talvez eles imaginassem, por intermédio de Tiago Valente.

Depois deste golo, e até ao golo do Benfica, assistiu-se praticamente sempre ao mesmo: o Benfica a tentar marcar e aproximar-se do FC Porto, e o Paços de Ferreira a tentar guardar um ponto precioso, mas sem nunca desistir de lutar para marcar mais um e conquistar os três pontos, principalmente em jogadas de contra-ataque pelas alas, com Ricardinho e Cristiano em destaque. Todavia, o Benfica não funcionava na ala direita, já que Luís Filipe, Maxi Pereira e também Nuno Assis não se entendiam, o que fez com que o Benfica atacasse quase sempre pelo outro lado, por Rodríguez. Depois, veio o tal livre que deu origem ao golo do Benfica, e a natural resposta dos pupilos de José Mota, com destaque para a bola à barra após cabeceamento de Furtado (porque não entrou mais cedo?), mas sem efeitos práticos.

Paços de Ferreira
Equipa titular
24-Peçanha
18-Mangualde
4-Rovérsio
55-Tiago Valente
3-Chico Silva
96-Filipe Anunciação
77-Dedé
8-Pedrinha (cap.)
15-Ricardinho
10-Cristiano
13-Renato Queirós

Suplentes
12-Coelho
30-Ferreira
16-Kiko
17-Fernando Pilar
80-Wesley
11-Edson
20-Furtado

Substituições
66'-Entrou Ferreira, saiu Mangualde
73'-Entrou Furtado, saiu Renato Queirós
88'-Entrou Wesley, saiu Filipe Anunciação

Benfica
Equipa titular
12-Quim
2-Luís Filipe
4-Luisão (cap.)
8-Katsouranis
5-Léo
18-Binya
14-Maxi Pereira
10-Rui Costa
25-Nuno Assis
26-Rodríguez
7-Cardozo

Suplentes
24-Butt
3-Edcarlos
17-Zoro
30-Adu
20-Di María
19-Bergessio
21-Nuno Gomes

Substituições
59'-Entrou Nuno Gomes, saiu Maxi Pereira
72'-Entrou Di María, saiu Nuno Assis
84'-Entrou Adu, saiu Cardozo

Disciplina
27'-Renato Queirós (A)
32'-Rovérsio (A)
32'-Cardozo (A)
34'-Maxi Pereira (A)
82'-Nuno Gomes (A)
82'-Filipe Anunciação (A)
83'-Dedé (A)
85'-Binya (A)
90+1'-Rovérsio (2A->V)

Golos
0-1, Rodríguez (21')
1-1, Tiago Valente (29')
1-2, Katsouranis (86')

Destaques
Paços de Ferreira
Ricardinho: Uma constante ameaça nas alas para o Benfica. Para além de uma boa condição física, este jogador deixou bons pormenores técnicos, boas incursões pelas alas, centros tensos. Só lhe faltou um golo, que quase acontecia aos 51 minutos.

Benfica
Rodríguez: Foi o mesmo de sempre, só que desta vez foi mais decisivo, em parte devido ao golo que marcou. Realmente, este uruguaio não para quieto um instante; foi um grande negócio que o Benfica fez. Está constantemente à procura da bola, a procurar espaços, linhas de passe, a centrar.

Equipa de arbitragem

Árbitro principal: Bruno Paixão
Árbitros assistentes: Paulo Ramos e António Godinho
4º Árbitro: Artur Soares Dias

Foi um jogo à Bruno Paixão, ou seja, um jogo com casos; infelizmente, os jogos não devem seguir este princípio, isto é, não deviam ter sempre casos a rever, ou, pelo menos, os erros efectuados pelos árbitros não deviam ser decisivos para o resultado. Desta vez, para além do normal exagero em termos do capítulo disciplinar, que culminou na expulsão de um jogador do Paços de Ferreira, houve ainda o lance da jogada que deu origem ao segundo e decisivo golo do Benfica, no qual não houve qualquer falta de Rovérsio sobre Léo; o que aconteceu foi que Léo se atirou deliberadamente para cima de Rovérsio, num lance que eu pensava ser apenas característico de Quaresma: bola para um lado, vê-se que não se consegue chegar à bola e, como tal, vai-se contra o adversário. E assim se decidiu um jogo complicado para o Benfica.

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